Estas são algumas das principais conclusões contidas no relatório sobre a situação e as perspectivas da carne ovina que fará parte do anuário da Oficina de Programação e Políticas Agropecuárias (Opypa) do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP) do Uruguai, publicadas em reportagem do El País.
Segundo o relatório, elaborado pelo engenheiro agrônomo Gonzalo Muñoz, a alta nos níveis de abate de ovinos durante o exercício de 2006/2007 levou a uma queda no rebanho de mais de 6% depois de dois anos de crescimento. Em junho de 2008, o rebanho teria uma nova diminuição da ordem de 3%, ficando em 10 milhões de cabeças, o menor dos últimos quatro anos.
Quanto às exportações, o ano de 2007 mostrou até agora um aumento nas exportações de lã e uma leve queda nas vendas externas de carne, assim como aumentos nos preços com relação aos valores de 2006. A recuperação dos mercados internacionais, especialmente o de lã, que alcançou na primeira semana de novembro os maiores preços em dólares desde junho de 1990, refletiu-se nos valores do mercado interno.
No mercado local, o relatório mostra que o aumento dos preços da carne e da lã coincidiu com uma queda no rebanho após dois anos de aumentos da quantidade de cabeças. Os dados da Dirección de Contralor de Semovientes (Dicose) sobre o rebanho ovino em junho de 2007 mostram 10,390 milhões de cabeças, 6,3% a menos que em junho de 2006.
Com uma produtividade semelhante à da safra anterior, de 4,2 quilos por cabeça, a produção de lã de 2007 chegaria a 42 milhões de quilos em base suja. Com o rebanho estimado para 2008 e uma produtividade de lã por cabeça média, a produção de lã para a próxima safra seria inferior a 40 milhões de quilos.
Na carne ovina, o nível de abates com relação a seu rebanho inicial cresce novamente de forma importante no atual exercício a valores superiores aos dos últimos 20 anos, sendo a principal explicação da queda o rebanho. O exercício de 2006/2007 fechou com 17,3% de cabeças abatidas com relação ao rebanho inicial.
O mercado mundial de lã mostra limitantes na oferta que tenderiam a se agravar na próxima safra. O mercado externo de carne ovina também dá sinais de melhora.
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