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Uruguai: situação do mercado de carne ovina

postado em 24/07/2006

1 comentário
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O acesso aos mercados, sobretudo os de alto valor, é uma das restrições ao mercado exportador de carne ovina do Uruguai para ter um crescimento sustentado da produção de carne de qualidade com altas rentabilidades.

Atualmente, o principal mercado uruguaio em matéria de preços é a União Européia (UE), que mantém a restrição de uma cota de 5.800 toneladas livres de tarifas e a impossibilidade real de competir fora desta cota.

As vendas para mercados como Estados Unidos, México, Canadá e também a possibilidade de entrar na UE com cortes com osso, ainda estão proibidas, mas as gestões oficiais a este respeito estão avançadas e continuam trabalhando firme sobre essa questão. Sem dúvida, o acesso a estes mercados no futuro pode ter o mesmo efeito que teve a entrada de carne bovina nos EUA com a diferença que para a carne ovina não existem cotas e as tarifas são muito baixas.

O acesso a mercados funciona hoje como uma restrição para conseguir a melhor equação de preços, mas não parece ser uma restrição para a venda da carne. Inclusive, a abertura recente de novos mercados onde o Uruguai pode exportar carne ovina com osso, como Rússia e Argélia, que se somam ao mercado da China desde o final de 2004, são alguns dados das possibilidades de colocações da carne ovina uruguaia.

O Brasil também é um mercado cada vez mais importante nas compras de carne ovina uruguaia. Durante o primeiro semestre de 2006, as compras do Brasil cresceram 23%, ficando em 2,336 mil toneladas e com preços firmes. Durante este período, o preço da perna desossada congelada se manteve invariável com relação ao segundo semestre do ano passado.

Algo similar ocorreu com os preços do French rack, que ficaram em torno de US$ 8.000 a tonelada e sem variações com relação ao final do ano passado. Na UE, os preços dos diferentes cortes durante o primeiro semestre do ano ficaram levemente abaixo dos obtidos pelo Uruguai no segundo semestre de 2005.

Preços de exportação da carne ovina do Uruguai

Tabela 1.Perna dessossada e congelada. US$ por tonelada (médias de cada período)


Fonte: Direción Nacional de Aduanas

Tabela 2. US$ por tonelada peso carcaça


1 Primeiros seis meses do ano
Fonte: Instituto Nacional de Carnes (INAC)

Entre os principais países exportadores de carne ovina, a Nova Zelândia é a que vem registrando decréscimos nos preços com relação ao ano anterior. Isso devido à maior produção interna do Reino Unido (seu principal mercado), com uma queda dos preços de exportação a este país. Além disso, houve uma redução nos preços dos couros na primeira metade do ano, que influenciou fortemente nos valores finais do quilo vivo do cordeiro.

Na Austrália, onde predomina o mercado dos EUA, e que teve nos últimos meses um forte aumento da demanda pelo Japão, os preços do cordeiro na primeira metade do ano permaneceram firmes e, inclusive, superiores aos da Nova Zelândia.

Preços do cordeiro nos principais mercados exportadores


1Primeira metade
Fonte: Meat and Livestock Australia (MLA) e Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA)

Segundo semestre de 2006

O panorama para o segundo semestre de 2006 é diferente do ano anterior. Por um lado, a demanda de ovinos para abate começou a se fortalecer, sobretudo a de cordeiros pesados. Por outro lado, existe a previsão de que a oferta de gado bovino preparado durante o terceiro trimestre do ano seja muito inferior ao pico da safra.

Finalmente, as estimativas indicam que existem poucos cordeiros nos pastos, ou seja, embora haja cordeiros disponíveis, a oferta de cordeiros gordos pode estar seriamente restringida a medida que não ocorram mudanças claras nos sinais do mercado.

O mercado internacional de carne ovina não aparece como uma restrição. Uma demanda brasileira crescente, a necessidade de completar a cota da UE, a abertura dos mercados da Rússia e da Argélia são sinais positivos de fortalecimento da demanda externa. Além disso, mantém-se uma corrente exportadora de ovinos vivos, que é uma clara competição no mercado.

Desde o final de junho e começo de julho, alguns sinais positivos para o mercado de carne ovina têm aparecido. Um maior ritmo de abate de ovinos e preços levemente em alta poderiam indicar uma quebra na tendência dos últimos 12 meses e uma maior normalização das condições de mercado.

A reportagem é do site do Secretariado Uruguayo de la Lana.

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Comentários

Monica Angelus Xavier Vasconcelos

Petrolina - Pernambuco - Produção de ovinos
postado em 25/07/2006

"Apesar do Nordeste responder com 93% e 49% dos efetivos nacionais dos rebanhos caprinos e ovinos, os níveis atuais de produtividade não satisfazem o mercado com um déficit de carnes caprina e ovina da ordem de 12 mil toneladas anuais e de 4,5 milhões de peles/ano para a indústria de curtumes".coordenador da Agrishow Semi-árido , Newton Araújo.

Os dados mostram que temos deficit de acordo com a demanda existente a nível regional o que diríamos nacional. Haja visto que estamos numa região que o consumo per capita gira em torno dos 2 Kg habitante/ano, insignificante em relação aos da nossa vizinha Argentina de 18 Kg habitante/ano, e que o valor de mercado da carne ovina é o dobro pago em relação a carne bovina.

Temos que buscar soluções para essa demanda reprimida e não se colocando contra as importações existentes no país, precisamos buscar elevar a performance dos caprinos, ovinos e de pequenos animais, mediante o aprimoramento das aptidões das suas funções produtivas e reprodutivas.

Investimentos deveriam ser feitos nos manejos alimentar, sanitário e reprodutivo de forma até mais acessível (custos e conhecimento) em alguns casos quando se fala em transferência de embriõs ou inseminação artificial.

É preciso não somente sensibilizar nossos produtores, mas haver mais incentivos culturais (conheciento) e financeiros afim de crescermos baseados em metas de curto,médio e longo prazos com essa realidade as claras vigente em nosso país na tentativa de importar menos investindo e valorizando mais o produto nacional.

Importar sim, mas não deixar dizimar o rebanho nacional e nordestino em detrimento da realidade atual ou de interesses políticos/regionais.

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