Em um cenário mundial com uma marcada redução dos rebanhos ovinos e da produção de lã e de carne, as perspectivas para o setor a curto e médio prazo são bem prósperas. No entanto, o relatório da reunião, feito pelo delegado dos exportadores no Congresso, Roberto Cardellino, afirma que os preços das lãs para interiores (maiores de 32 micras) se mantêm historicamente baixos apesar dos recentes aumentos. A produção mundial deste tipo de lã caiu 0,4%, com um total de 550 milhões de quilos (base limpa), sendo a Nova Zelândia o principal produtor, com 22%.
"Paradoxalmente, o volume produzido de lãs grossas para uso em interiores depende mais do preço do cordeiro gordo que da lã por si só, já que provêm de países (como Nova Zelândia e Reino Unido) onde o principal produto é a carne ovina e a lã é um subproduto".
Neste sentido, ele destaca que o mercado para este tipo de produto está sendo afetado pela crise imobiliária nos EUA e no Reino Unido, com um decréscimo generalizado na Europa.
Por sua vez, as lãs mais finas destinadas às vestimentas estão com preços altos e sustentados. As tendências de moda favorecem esse tipo de lã e as principais feiras de moda estão mostrando isso. Há uma maior demanda por fibras naturais, associadas com uma conscientização mais generalizada dos consumidores em questões como o meio-ambiente. A oferta de lã para vestimentas estará muito restrita, o que, de alguma forma, vai contrabalancear uma eventual queda na demanda global, provocada pela recessão econômica.
García Pintos disse que o Uruguai deve fortalecer o atual prestígio que tem no mundo produzindo lã de qualidade em todas as suas finuras.
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