A planta de Salto voltará a abater ovinos e será relançada por capitais nacionais por um período de 30 anos. A planta foi instalada na década de 70 e esteve em funcionamento até 1996, quando começaram os problemas financeiros no estabelecimento. Antes, abatiam-se 1.500 ovinos e 200 bovinos por dia. Em 22 de junho de 2010, a prefeitura de Salto impulsionou uma licitação pública que foi ganha pela empresa Somicar S.A. A ideia é abater 2.000 ovinos e até 300 bovinos por dia, após a planta ter recuperado e melhorado suas instalações.
Ao mesmo tempo, um consórcio de capitais brasileiros (Sidercol S.A.) arrendou por quatro anos o frigorífico Bordenave para exportar carne e começará a operar em semanas. A planta, que já conta com habilitação para o mercado interno, tem capacidade para industrializar 480 ovinos por turno - uns 60 ovinos por hora -, mas o consórcio pensa em elevar esse número para 800 ovinos por dia. Além disso, os empresários brasileiros investiram para melhorar as instalações de frio, principalmente para congelados. Os empresários buscam colocar carne ovina em São Paulo, mas também estão de olho no mercado de Angola.
Por outro lado, segundo confirmaram fontes do INAC, um antigo matadouro de equinos em San José está sendo transformado em uma moderna planta dedicada ao setor ovino. Hoje, os três principais mercados para carne ovina uruguaia são Brasil, União Europeia (UE) e China. Os brasileiros estão pagando valores recordes pelo produto e, inclusive, a tonelada se valorizou mais de 40%; inclusive, estão pagando mais que a UE.
O Uruguai, com um menor rebanho de lanares - estima-se que está próximo de 7 milhões - valorizou sua produção e produz animais mais pesados.
A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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