A indústria considera que as compras dos importadores chineses são "normais", mas, apesar de tudo, "nota-se que houve redução das importações de lãs cardadas e de tops (cardada e lavada). Dos picos de compra que tiveram, poderíamos dizer que caíram 50% ou 60%", disse o presidente da Câmara Mercantil de Produtos do País (CMPP), Ricardo Seizer.
A mesma visão sobre um possível Tratado de Livre Comércio (TLC) com a China tem o presidente do Secretariado Uruguayo de la Lana (SUL), Alejandro Tedesco. "Um documento desta natureza pode favorecer muito a melhora das relações comerciais entre ambos os países. É vital um tratado que nos permita entrar em qualquer país com produtos processados sem ter que pagar um imposto".
Seizer garantiu que os importadores chineses mantêm o interesse pelas lãs uruguaias, mas não prognosticou como seguirá a demanda na nova safra. "Tudo dependerá de como o Uruguai estará frente a outros países como Austrália, Nova Zelândia, Argentina ou África do Sul. Pelo menos os preços terão que estar na mesma linha". Todavia, ainda sobra lã da safra passada nas mãos de alguns produtores.
Até o momento, o Uruguai exportou para a China o equivalente a 365 milhões de quilos de lã base limpa. Porém, a China também é um mercado importante para a carne ovina e, neste produto, o Uruguai já está habilitado para exportar cortes com osso, em um mercado crescente no qual não existem cotas.
A reportagem é do jornal El País.
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