Porém, é ainda mais notória a baixa da demanda no caso do Brasil, porque chegou a 58,7%. O país já tinha diminuído seu ritmo de compras durante o segundo semestre de 2011 e tinha sido o responsável pela grande valorização da carne ovina, porque chegou a pagar alguns cortes com melhor preço que a União Europeia (UE).
Segundo dados do INAC, até 21 de janeiro, o país demandou 143 toneladas de carne ovina, quando no mesmo período do ano anterior, comprou 347 toneladas. Praticamente não está comprando, porque tem um estoque alto de cordeiros e as empresas estão tendo dificuldades para vender, segundo dados coletados pelo El País ao consultar algumas firmas. No Brasil, em muitos casos, os distribuidores mudaram e há problemas econômicos.
A UE se posicionou como o terceiro maior comprador de carne ovina no mesmo período com relação ao ano anterior. Nesse caso, o volume exportado baixou 91,5%. Os importadores europeus demandaram 25 toneladas, quando no ano passado tinham comprado 295 toneladas.
O Uruguai não está exportando carne ovina à Rússia, porque no período de comparação, não tinham distribuído novas cotas de importação. Esse é um destino interessante, porque é um dos poucos países onde se pode entrar com cortes com osso. Segundo o INAC, outros destinos, entre os quais estão alguns países árabes, aumentaram sua demanda. Nesse caso, foram exportadas 240 toneladas nesses primeiros dias de janeiro com relação às 126 toneladas exportadas no mesmo período de 2011. A demanda cresceu 90,4%, segundo as estatísticas oficiais.
Com o menor volume exportado, o faturamento também caiu. No caso do Brasil, o faturamento total caiu 55,9%; na China, a baixa foi de 43,4% e, em outros mercados, cresceu 73,2%.
A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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