Segundo o SUL, em termos de volume físico, durante os últimos 12 meses, o Uruguai exportou US$ 47 milhões de quilos de lã equivalente base suja, mas incluindo lã lava e cardada, 24% a menos que no mesmo período do ano anterior (consequência da queda do rebanho ovino uruguaio). Cerca de 67,7% da lã foi exportada na forma de lã cardada, 16,9% eram lã suja e 15,4% eram lã lavada. As exportações em volume físico para as três apresentações consideradas diminuíram em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Segundo o SUL, ao analisar o comportamento dos outros itens que compõem o setor ovino, notou-se que as exportações de carne ovina geraram US$ 84,8 milhões, registrando uma queda de 2,6%, consequência de um menor volume exportado. Paralelamente, as exportações de pele ovina totalizaram US$ 15,2 milhões, mostrando um aumento de 98,9%, enquanto as vendas de ovinos em pé baixaram 74,3% e chegaram a US$ 730.000.
Considerando somente as exportações de lã e produtos têxteis registradas em fevereiro e comparando-as com os dados do mesmo mês de 2011, o aumento foi de 13,2%, totalizando US$ 23,3 milhões.
No que se refere à gordura de lã e lanolina exportada - a informação nesse setor é compilada desde novembro de 2010 -, entre 1 de março de 2011 e 29 de fevereiro de 2012 foram exportados US$ 10,9 milhões. Desse total, US$ 4,8 milhões corresponderam à gordura de lã e US$ 6,1 milhões foram gerados por lanolina.
Os países compradores de produtos uruguaios gerados pelo setor ovino foram 55 durante os 12 meses citados. Segundo o SUL, analisando em termos de valor, as exportações de lã suja, lavada e cardada totalizaram US$ 260 milhões, o que implica em um aumento de 18,5% com relação a março de 2010/fevereiro de 2011. A China continuou posicionada como principal mercado, comprando 36,4% do total exportado, seguido por Itália (14,4%), Alemanha (13,9%), Turquia (6,5%), Índia (6%) e Reino Unido (3,5%). No entanto, no mercado de lã suja, a China representou 81,9% do total, seguida por Índia (14,1%). Nesse setor, o valor das divisas caiu 28,8% com relação ao mesmo período do ano anterior.
Na lã lavada, a China representou 35,9% do total do valor, seguida por Índia (26,2%), Itália (20,6%), Alemanha (3,5%) e Estados Unidos (3,1%). Desse produto, os chineses compraram 7,5% menos volume do que no exercício anterior. Finalmente, da lã cardada, a China comprou 25,9% do total, o que marca uma queda nas compras de 1,4%. Em seguida vieram Alemanha (18,7%) e Turquia (9,1%). Na lista de países compradores, em décimo lugar ficou o Reino Unido (4,8%), seguido de Coreia do Sul (3,9%), Irã (3,5%), Bulgária (3,1%) e Japão (2,4%).
Como todos os anos, para cobrir a falta de lã gerada no mercado devido à menor quantidade de ovinos lanares do Uruguai, a indústria de tops precisou importar lã, buscando diminuir a capacidade ociosa. Essas lãs entram no Uruguai, mas agregam valor no processo industrial, finalizando em produtos de exportação que mostram os investimentos e o potencial de uma indústria de lã que segue sendo um exemplo no mundo.
A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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