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USDA: grãos terão demanda mais aquecida

postado em 13/05/2009

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As primeiras estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre os volumes de oferta e demanda por grãos no país e no mundo na safra 2009/10 - cujo plantio está em curso no Hemisfério Norte - corroboram a expectativa corrente de recuperação da economia global a partir do fim deste ano. Conforme o órgão americano, milho, trigo e soja, as três commodities agrícolas mais negociadas, terão demanda mais aquecida do que nas três últimas temporadas.

Para o milho, a previsão é de aumento de 2,3% em relação ao ciclo 2008/09, para 796,52 milhões de toneladas. Na mesma comparação, o consumo total de trigo deverá crescer 1,1%, para 642,77 milhões de toneladas, e o de soja tende a subir 4%, para 75,30 milhões.

Diante das incertezas econômicas que perduram, e apesar dos primeiros números do USDA para a demanda, é de se esperar, para 2009/10, um equilíbrio maior entre os fatores para a formação de preços, sempre com destaque para as previsões para estoques finais.

Neste ponto, os números do órgão apontam para aumentos para soja e trigo e queda para o milho em 2009/10. Na soja, em parte por causa do aumento da produção dos EUA, a alta sobre 2008/09 deverá atingir 21,9%, para 51,88 milhões de toneladas. No trigo, o salto projetado é de 8,9%, para 181,9 milhões. Para o milho a queda estimada chega a 8,2%, para 128,19 milhões de toneladas.

Renato Sayeg, da Tetras Corretora, destaca algumas "curiosidades" do novo relatório do USDA para o quadro da soja. Entre elas, uma leve queda da demanda interna no Brasil, na contramão das projeções para o mundo e para países como EUA e Argentina. As exportações brasileiras também deverão perder espaço no total global. Ele destacou, ainda, os menores estoques em cinco anos nos EUA e no mundo e considerou modesta a estimativa para as importações da China.

No milho, destaca-se a elevação da previsão das exportações do Brasil, para 10 milhões de toneladas nas safras 2008/09 e 2009/10. No trigo, o USDA projetou leve queda das importações do país no novo ciclo.

As informações são do jornal Valor Econômico, resumidas e adaptadas pela equipe AgriPoint.

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