O órgão fez um leve ajuste para cima em sua projeção para a colheita global da matéria-prima, agora calculada em 312,81 milhões de toneladas (quase 10% mais que em 2013/14), mas também elevou sua previsão para a demanda. O saldo dessas mudanças foi uma pequena queda dos estoques finais mundiais, mas as 89,87 milhões de toneladas estimadas ainda representam um expressivo incremento de 35% na comparação com o ciclo anterior.
O USDA manteve sua projeção de um recorde de 107,73 milhões de toneladas para a colheita nos EUA, recém-concluída. Mas ajustou para 47,9 milhões de toneladas (quase 1,1 milhão a mais que em novembro) o cálculo para as exportações, o que reduziu os estoques finais do país para 11,16 milhões de toneladas - quase 2,5 vezes mais que ao fim da safra 2013/14.
Assim, a tendência é que os EUA voltem a liderar a produção e as exportações globais do grão, já que a safra 2014/15 do Brasil (em fase final de plantio) foi mantida em 94 milhões de toneladas, ante 86,7 milhões em 2013/14, e a previsão para os embarques caiu a 46 milhões, abaixo das 46,83 milhões da temporada passada. O USDA manteve em 74 milhões de toneladas a expectativa de importação da oleaginosa pela China - quase 66% do total global.
Quanto ao milho, o USDA reduziu de 51,01 milhões para 50,75 milhões de toneladas a projeção para os estoques de passagem nos EUA, contrariando analistas, que acreditavam em uma elevação. Ainda assim, o volume é 61,6% superior ao do fim do ciclo passado. Já a estimativa para os estoques globais cresceu de 191,5 milhões para 192,2 milhões de toneladas.
O USDA também elevou a perspectiva para a colheita mundial de milho, frente ao mês passado, de 990,32 milhões para 991,58 milhões de toneladas - 2,3 milhões de toneladas acima do ciclo anterior. O plantio da safra 2014/15 do grão está em andamento no Hemisfério Sul, enquanto a colheita está praticamente encerrada no Norte. Em relação aos EUA, maior produtor mundial de milho, o órgão manteve a projeção em 365,97 milhões de toneladas, um novo recorde (3,43% à frente de 2013/14).
Para a América do Sul, o USDA também manteve a projeção para colheita e exportação de milho do Brasil, em 75 milhões e 19,5 milhões de toneladas, respectivamente. O destaque ficou por conta da Argentina: o órgão cortou em um milhão de toneladas a estimativa de produção, para 22 milhões de toneladas, e de exportação, para 12 milhões.
Também na contramão do que o mercado esperava, o USDA elevou a estimativa para o estoque global de trigo ao fim de 2014/15 em 1,03%, ante novembro, para 194,9 milhões de toneladas. A produção mundial do cereal foi estimada em 722,18 milhões de toneladas, avanço de 2,32 milhões ante novembro - e 7,41 milhões acima de 2013/14.
A notícia é do Jornal Valor Econômico.
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