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Vale do Paraíba: cresce produção de carne de cordeiro

postado em 06/05/2009

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Em Tremembé, produtores trocaram o gado pela criação de ovinos, e não se arrependem. Nas churrascarias, ela começa a ganhar o gosto dos clientes. E no campo, desperta o interesse de novos criadores.

Rafael Sene é veterinário e há 8 anos estuda a raça e a criação de ovinos. Há dois, ele e o sócio trocaram o gado pelas ovelhas. "Tem um alto valor em comparação com o gado. Os animais têm um ciclo mais rápido, uma lotação de pastagem maior. Então se a gente for calcular, no final do ano, a produção de ovinos em relação aos bovinos é muito melhor e mais lucrativa", explicou Sene.

As ovelhas prestes a parir são separadas das demais e em outro local, ficam os cordeiros que acabaram de nascer. Eles ficam com a mãe durante dois meses até o confinamento para a engorda. "Trabalhando com o animal certo, que é aquele que o mercado deseja, o tipo de carne. Você não tem dificuldade nenhuma para colocar esse produto no mercado, pelo contrário, falta esse tipo de produto nos frigoríficos. É um mercado que começou há pouco tempo e está tendo um crescimento muito grande", disse Luiz Brito, criador.

Os cordeiros que nascem na propriedade em Tremembé são vendidos para frigoríficos do interior de São Paulo. De lá são colocados no mercado e podem ser encontrados em grande redes de supermercados e também em restaurantes. Em uma churrascaria de Taubaté, a carne de cordeiro não pode faltar no cardápio.

Segundo o gerente, o consumo cresceu 25% nos últimos dois anos. O cordeiro tem ganhado fama por ter um alto valor nutritivo. É uma carne rica em vitamina B12, Zinco e outros minerais. E ainda tem baixo teor de gordura. "Houve uma mudança, antes era uma carne importada geralmente do Uruguai, hoje é uma carne produzida na região e de uma qualidade muito superior", assegurou Luciano Marchetti.

Segundo a CATI, na região existem mais de 300 propriedades que criam cordeiros.

As informações são do site Vnews/SP, resumidas e adaptadas pela equipe FarmPoint.

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Comentários

Ana Carolina Prado Zara

Cachoeira Paulista - São Paulo - Consultoria/extensão rural
postado em 06/05/2009

Há dois anos estou no Vale do Paraíba e tenho visto o potencial crescimento do rebanho ovino. Dou consultoria em toda a região e vejo que existem diferentes tipos de investidores para o cordeiro de corte: o que enxerga a sua criação como uma empresa e o que investe na ovelha como atividade complementar.

Como região proveniente da criação de gado leiteiro e um pouco de corte, há uma certa cautela com o inicio da criação. De certa forma, o produtor tem razão! Há
tempos a ovinocultura entrava pela porta dos fundos sem muito alarde, hoje, o crescimento estrondoso que tem, assusta alguns criadores e agradam outros.

A verdade é que quando bem implantado um projeto, visando custos e riscos, a chance de haver sucesso é grande. Mas isso não necessariamente deve ser uma escolha, uma criação não impede a outra, pelo contrário, facilmente se complementam.

O cordeiro de corte aumenta a possibilidade de produção por hectare, e essa sim é a sua vantagem.

O produtor no Vale do Paraíba, porém, enxerga o cordeiro como saída para sua propriedade, sem entender que sua liquidez é muito baixa, e portanto, sua eficiência de produção deve ser muito alta, entende-se por isso: MANEJO INTENSIFICADO. Esse manejo intensificado é o gargalo de muitas produções, pois o manejo do ovino não está claro para uma região de raiz bovina.

Dentre os diferentes tipos de investidores estão o pequeno, o médio e o grande. Costumo dizer que o médio produtor se torna um entrave, uma vez que o pequeno supre por si próprio, sua produção. E o grande, comercializa facilmente para frigoríficos, terminando lotes de 100-120 cordeiros por vez. O médio com sua produção mediana, depende de outro médio para sua comercialização legal.

Quase todas as propriedades do Vale do Paraíba se encaixam como medianas e é por isso que precisa ser ressaltado que o cordeiro é um grande investimento sim, tomadas as devidas precauções primeiramente quanto ao escoamento de produção e em segundo lugar quanto á qualidade do cordeiro produzido (idade X peso), que é o que o mercado busca!

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