A forte demanda por fertilizantes com a crise dos alimentos fez disparar os preços dos produtos, dos insumos e do apetite da Vale pela produção. "A gente abriu uma série de frentes para produzir minerais que dão bom retorno. Produtos minerais ligados à produção de fertilizantes passaram a ser foco da Vale", disse o diretor-executivo da companhia, Tito Martins. A empresa também busca componentes de fertilizantes no Chile, em Angola, Moçambique e Egito. E já possui três projetos de potássio: Taquari-Vassouras e Carnalita, no Sergipe, e Neuquén, na Argentina.
Mesmo sem querer, a Vale esteve no setor de fertilizantes por alguns anos, na Fosfertil. Mas, segundo Martins, não foi uma estratégia mas sim um acidente provocado por negociações em participações societárias. "Isso não conta; agora sim estamos numa nova era", acrescentou.
A verticalização das atividades da Vale começará no Peru. A mineradora prometeu construir entre 2012 e 2013 uma usina de fertilizantes na província de Sechura, localizada no departamento de Piura. A planta aproveitará as reservas da ordem de 232 milhões de metros cúbicos de rochas fosfóricas. A região abriga ainda a produção de outros dois insumos necessários à produção de fertilizantes: gás natural e acido sulfúrico, este último componente fabricado pela também brasileira Votorantim.
"Em pouco anos nos tornaremos auto-suficientes em fertilizantes", afirmou o presidente do Peru, Alan Garcia, presente na solenidade de inauguração. As obras para a exploração de rochas fosfáticas de Bayóvar, em pleno deserto de Sechura, começam nesta semana com investimentos de US$ 479 milhões. Serão construídos uma usina e um porto com capacidade de embarque de 7,9 milhões de toneladas de rochas fosfáticas. A matéria, de Sabrina Lorenzi, foi publicada na Gazeta Mercantil, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.
Eliel Dorta
Itaúba - Mato Grosso - Revenda de produtos agropecuários
postado em 08/09/2008
O que isso vai trazer de beneficio para o Brasil?