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Vendas do varejo crescem 7,9% em setembro

postado em 26/10/2010

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O mês de setembro fechou com aumento de 7,9% nas vendas, em comparação ao mesmo período de 2009, segundo a pesquisa realizada pelo IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas) com os 35 maiores varejistas do país, associados ao Instituto. Esta taxa supera ligeiramente a última previsão, no qual foi projetado um crescimento de 7,4%.

O IAV-IDV aponta para um último trimestre otimista. Em outubro, a expectativa é que se atinja uma taxa de crescimento de 7,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Em novembro, este número sobre para 7,9%, e volta aos 7,7% para o último mês de 2010. De acordo com o Índice, a média de vendas do comércio neste ano será de 7,1%, a maior da série histórica, pois as taxas registradas em 2008 e 2009 foram 3,9% e 3,6% respectivamente.

Os setores do varejo ligados a bens duráveis, como material de construção, móveis, eletrodomésticos e informática, despontam com as maiores taxas de crescimento, sempre superiores a 10%. Setores de bens semiduráveis, como vestuário e livraria, apresentam vendas dentro da média, enquanto os setores de bens não-duráveis (alimentação fora do lar, super e hipermercados e farmácias) apresentam as menores taxas, inferiores à média do varejo.

Os resultados explicam-se em função da conjuntura econômica atual, que encontra-se bastante favorável e sem perspectiva de súbitas alterações no curto prazo. Em agosto, a taxa de juros ao consumidor final foi de 39,9%, a menor média mensal registrada pelo Banco Central, e a taxa de desemprego medida pelo IBGE foi de 6,7%. Além dessas razões, a confiança do consumidor também apresentou índice recorde, a maior já verificada pela Fundação Getúlio Vargas desde setembro de 2005.

As condições dos determinantes de consumo explicam o crescimento generalizado ocorrido nos segmentos do varejo. O destaque dos setores de bens duráveis demonstra uma alteração no padrão de crescimento verificado no ano passado, quando setores de bens não-duráveis comandaram a expansão das vendas, impulsionadas pela expansão do mercado de trabalho, mesmo com a desconfiança do consumidor e dos juros em alta. Com a melhora das condições de crédito e com o consumidor mais confiante, o setor de bens duráveis (mais dependentes de financiamento) acabou beneficiando-se, na comparação com um ano fraco de vendas.

Sobre o IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas)

Criado em outubro de 2007, o IAV-IDV é um índice que consolida a evolução das vendas efetivamente realizadas pelos 35 associados do IDV (Instituto para o Desenvolvimento do Varejo), com o intuito de projetar expectativas para os próximos meses, e assim, servir de base de informação para a tomada de decisão dos executivos do varejo.

Para se chegar aos números apresentados pelo IAV-IDV, as empresas associadas reportam seus próprios resultados e suas expectativas sobre vendas no futuro. Em seguida, estas respostas são ponderadas de acordo com o respectivo porte de cada empresa, para que se alcance indicadores como o volume de vendas e o faturamento nominal. Os dados extraídos pelo indicador têm permitido uma visualização mais ampla do comportamento do mercado para um período futuro de até três meses.

O IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo) representa 35 empresas varejistas de diferentes setores, como alimentos, eletrodomésticos, móveis, utilidades domésticas, produtos de higiene e limpeza, cosméticos, material de construção, medicamentos, vestuário e calçados. Atuante em todo o território nacional, o IDV tem como principal objetivo contribuir para o crescimento sustentável da economia brasileira, e o desenvolvimento do varejo ético e formal.

As informações são do Instituto para Desenvolvimento do Varejo, adaptadas pela Equipe AgriPoint.

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