A atividade de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que tem maior peso (cerca de 30%) na pesquisa, contribuiu sozinha com um terço (3,2 ponto porcentual) do crescimento.
Mesmo com a contribuição determinante, esse segmento teve aumento de 6,4% nas vendas no ano passado, abaixo da média do varejo e também inferior ao crescimento nessa atividade em 2006, quando chegou a 7,6%. O técnico da Coordenação de Comércio e Serviços do IBGE, Reinaldo Pereira, disse que o aumento nos preços dos produtos alimentícios (10,79% no acumulado do ano, segundo o IPCA) pode ter impedido uma expansão maior nas vendas.
O comércio paulista, com crescimento de 12,5% nas vendas em 2007, foi a principal influência regional de alta para o resultado nacional. De acordo com Pereira, São Paulo representa 37% do varejo do País e respondeu por quase metade do crescimento na média das regiões.
O consultor do Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV, que reúne as maiores cadeias varejistas do País), Emerson Kapaz, disse que o aumento da massa salarial e da renda; expansão do crédito e dos prazos de financiamento, e a confiança dos consumidores devem continuar impulsionando as vendas no setor em 2008. A expectativa do IDV é de que, mesmo com a base tão elevada de 2007, o varejo alcance um aumento nas vendas entre 7,5% e 8,5% neste ano. "Não percebemos nenhuma mudança no horizonte, este ano tende a repetir bons resultados."
O chefe do Departamento de Economia da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, também acredita em bom desempenho do varejo este ano, mas estima um crescimento menor, entre 6% e 6,5%, que considera "excelente" em cima da base elevada de 2007.
As informações são de Jacqueline Farid, do jornal O Estado de S. Paulo.
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