O vírus já matou centenas de animais no sul/leste da Inglaterra e poderá se espalhar pelo norte/oeste, País de Gales e Escócia nos próximos meses. Alguns produtores reportaram que até 50% de seus cordeiros foram afetados, embora a taxa média de recém nascidos por fazenda seja de apenas 2 a 5%.
Acredita-se que a doença se espalhe por mosquitos. A doença se espalhou em oito países europeus. Os animais adultos que são infectados por uma picada, ficam doentes por alguns dias, mas se recuperam, mas se estão prenhes, o vírus pode ir para o feto, com resultados devastadores. Alguns cordeiros nasceram com membros fundidos, cabeças deformadas e pescoços tortos, o que significou que eles não puderam sobreviver.
Nenhum humano foi infectado pelo vírus e a Agência de Padrões de Alimentos (FSA) disse que não há evidências de que isso possa acontecer. Exames de sangue em mais de 1.000 animais na fazenda do Royal Veterinary College, em Hertfordshire, que foi afetada pelo vírus, mostrou que as infecções aumentaram levemente entre março e junho desse ano.
O professor, Peter Mertens, do Instituto para Saúde Anial de Pirbright, em Surrey, disse: "animais que originalmente eram negativos para anticorpos contra o vírus se tornaram positivos, indicando que o vírus sobreviveu ao inverno e está circulando aqui durante o atual estágio do mosquito".
"Tínhamos esperança de que ele simplesmente tivesse desaparecido e que não conseguiria ressurgir nesse ano, mas esse não foi o caso. Com base no fato de ele ter se disseminado efetivamente no ano passado, não vejo razão pela qual ele não poderia se disseminar para cobrir a maioria do país nesse ano".
Uma vacina foi produzida por uma companhia farmacêutica, mas precisa ser testada e não deverá estar licenciada para uso até o próximo ano, disse ele.
O maior risco é para animais individuais e rebanhos que não foram afetados durante a epidemia desse ano e, dessa forma, não são imunes ao vírus. Os ovinos têm mais chances de ter crias deformadas, porque sua estação de reprodução é somente no outono e, dessa forma, o risco para o rebanho inteiro é maior do que para vacas, que cruzam o ano todo.
Mertens disse que em algumas fazendas, 30 ou até 50% dos animais jovens foram afetados. "Isso é relativamente raro - normalmente, o número é muito menor -, mas se eles forem afetados na hora errada, como na gravidez, é devastador. Então, embora o risco seja pequeno, ainda é sério e importante considerarmos as medidas a serem tomadas".
O veterinário oficial, Nigel Gibbens, disse que o vírus Schmallenberg é menos severo do que a doença da língua azul, que afetou as fazendas britânicas em 2007 desencadeando um programa de vacinação de emergência em meio a medos de que a doença mataria 10 milhões de animais.
A reportagem é do DairyMail.co.uk, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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