Mais de uma vez, ao longo das negociações, as lideranças do PT e assessores da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, citaram o ministro da Agricultura como um "defensor radical" dos ruralistas e "empecilho" para chegar a um consenso com os ambientalistas. Em conversas com jornalistas, mas sempre em off (sob anonimato), esses assessores espalhavam que havia um descontentamento do Planalto com Wagner Rossi - ele foi uma indicação de Temer.
No dia 12, uma onda de boatos deu como certa a demissão do ministro da Agricultura. O gabinete de Rossi foi bombardeado por uma bateria de telefonemas de jornalistas querendo confirmar a demissão.
Algumas perguntas foram acompanhadas da "informação" com a lista das razões da demissão:
1) Rossi estava sendo investigado por conta de decisões tomadas quando era presidente da Conab;
2) Rossi cuidava mais dos interesses do PMDB do que da Agricultura;
3) Rossi ficava pouco em Brasília;
4) Rossi estava mais atrapalhando do que ajudando nas negociações do Código Florestal. Rossi discutiu com lideranças do partido o cerco político ao cargo e se queixou, nas reuniões internas do governo - na presença, inclusive, de assessores do Planalto e do Ministério do Meio Ambiente -, do fato de o debate, em torno do Código Florestal, "ter igualado os agricultores a bandidos desmatadores, a traficantes de madeira ilegal".
O ministro reclamou também do fato de os ambientalistas terem tentado "dar um golpe nos trabalhos do Congresso". "Não queriam reconhecer que havia progressos para o meio ambiente e a agricultura no novo Código Florestal e, por isso, tentaram pura e simplesmente barrar a votação", queixou-se, alegando que a lei prevê o cadastramento de propriedades, a recomposição florestal e penalidades fortes para quem não cumprir as regras.
A reportagem é do jornal O Estado de São Paulo, adaptada pela Equipe AgriPoint.
Walter Magalhaes Junior
Dourado - Mato Grosso do Sul - Produção de gado de corte
postado em 30/05/2011
É uma pena.
Conheço o Ministro Wagner Gonçalves Rossi de longa data.
É um dos políticos, tecnicamente, mais qualificados da atualidade. Com qualificação honrosa e não estas porcarias que existem por aí que possuem três, quatro e até mais formações acadêmicas de padrão questionável.
O Ministro é economista sabidamente competente, sendo Mestre e tendo Phd em Educação pela Bowlling Green State University, Bowlling Green-Ohio, USA.
É um homem que, na sua vida pública, tem agido sempre, por questões de princípio, de maneira justa e ética, condição esta que sabemos não ser muito comum neste meio. É um guerreiro destemido que defende seus pontos de vista de maneira independente e sempre cercada de um conteudo técnico que o diferencia de seus oponentes.
Estes valores, certamente, não agradam a elite política brasileira que, tendenciosa como tem sido, agride os seus oponentes com a arma de autoritarismo que, supostamente, combateram em um passado não muito distante.
É uma pena!!!