Fechar
Receba nossa newsletter

É só se cadastrar! Você recebe em primeira mão os links para todo o conteúdo publicado, além de outras novidades, diretamente em seu e-mail. E é de graça.

Wedekin também deixa Ministério

postado em 06/07/2006

Comente!!!
Aumentar tamanho do texto Diminuir tamanho do texto Imprimir conteúdo da página

 

Mais uma baixa de peso na equipe do Ministério da Agricultura. Depois da saída de Roberto Rodrigues, agora, quem se demite é o Secretário de Políticas Agrícolas, Ivan Wedekin.

Muito ligado a Rodrigues, Wedekin alega motivos pessoais. No entanto, a sua saída já era esperada, pois, na condição de Secretário de Política Agrícola, ele vivenciou todo o desgaste entre o Ministério e os demais órgãos responsáveis pela liberação de crédito à agricultura.

O Secretário era defensor das chamadas "medidas estruturantes". Na ausência de Rodrigues, ficaria com seu espaço de atuação limitado e aumentariam as dificuldades para a concretização das ações ainda não implementadas.

Além de atuar na definição da política agrícola nos últimos anos, Wedekin teve papel importante na criação dos chamados novos títulos agropecuários. Esses papéis de investimento visam atrair os bancos ao sistema agrícola e elevar o crédito à agricultura. O seguro agrícola, embora ainda conte com recursos insuficientes, também foi ampliado durante sua gestão.

Os cinco títulos lançados em 2004 para dar maior liquidez à agricultura já movimentaram R$ 654 milhões. Com destaque para o Certificado de Depósito Agropecuário (CDA) e o "Warrant" Agropecuário (WA), que lideram com R$ 367 milhões, com maior concentração de negócios nos setores de soja e de café, de acordo com reportagem de Mauro Zafalon, para a Folha de São Paulo (6/7).

Outra ação de Wedekin foi demonstrar que a liberação dos créditos pedidos, no ano passado, ainda no início da crise agrícola, estava sendo muito tardia frente às necessidades do setor.

O posto de Wedekin será ocupado por Edílson Guimarães, diretor de economia da Secretaria de Política Agrícola. Outra mudança no Ministério da Agricultura será a ida, para a Secretaria Executiva, de Luiz Gomes de Souza, engenheiro-agrônomo formado em Viçosa (MG), em 1968, que tem mestrado em planejamento do desenvolvimento rural na França. Gomes de Souza ocupará o lugar deixado pelo Ministro Guedes.

Apesar dos pedidos de apoio feitos pelo presidente Lula, a bancada ruralista do Congresso manifesta insatisfação com as mudanças no ministério. O deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS) disse estar surpreso com a saída de Wedekin. "É lamentável a saída do secretário porque ele é um grande técnico e conhecedor do assunto de agronegócio. A minha preocupação é que o novo ministro (Guedes Pinto) poderá politizar o ministério, já que ele sofre influência dos movimentos sociais", disse o parlamentar, citado em reportagem de Viviane Monteiro, publicada na Gazeta Mercantil de hoje.

De acordo com o parlamentar, "Ivan trabalhou na iniciativa privada e gosta de ver resultados, só que o governo tem prestigiado mais o Ministério do Desenvolvimento Agrário". Heinze lembrou também que, no ano passado, Roberto Rodrigues conseguiu obter um orçamento de apenas R$ 2,8 milhões. Neste ano, o ex-Ministro conseguiu uma verba de cerca de R$ 40 milhões, enquanto que o Ministério do Desenvolvimento Agrário terá recursos acima de R$ 500 milhões, ainda de acordo com a reportagem da Gazeta Mercantil.

Fonte: Equipe CaféPoint, com informações da Folha de São Paulo e da Gazeta Mercantil

Avalie esse conteúdo: (e seja o primeiro a avaliar!)

Envie seu comentário:

3000 caracteres restantes


Enviar comentário
Todos os comentários são moderados pela equipe FarmPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

Quer receber os próximos comentários desse artigo em seu e-mail?

Receber os próximos comentários em meu e-mail

Copyright © 2000 - 2024 AgriPoint - Serviços de Informação para o Agronegócio. - Todos os direitos reservados

O conteúdo deste site não pode ser copiado, reproduzido ou transmitido sem o consentimento expresso da AgriPoint.

Consulte nossa Política de privacidade