O acordo é anunciado em um momento em que crescem as transações no setor. Desde o início do ano, a indústria de fertilizantes tem visto uma série de negócios bilionários, aumentando a consolidação de um segmento que, atualmente, é bastante fragmentado. Para ter uma ideia, a Yara controla apenas cerca de 8% dos estoques globais.
Essa movimentação, que envolve outras gigantes, como as canadenses Potash Corporation e Agrium, além de mineradoras como a brasileira Vale, é reflexo da alta dos preços dos fertilizantes durante a crise global de alimentos (entre 2007 e 2008), em que a cotação dos produtos chegou a subir mais de 400%.
O presidente-executivo da Yara, Jorgen Ole Haslestad, disse que um dos motivos para o negócio foi o fato de existir uma tendência de alta nos preços dos fertilizantes.
Nas últimas semanas, a Vale desembolsou US$ 5,7 bilhões na aquisição da Fosfertil (que tinha a Yara entre seus acionistas) e de duas minas de fosfato da empresa no país.
Pelo acordo que foi aprovado pelo conselho das duas empresas (mas ainda precisa do aval das autoridades regulatórias e dos acionistas da Terra), a Yara se compromete a pagar US$ 41 por ação da rival, 24% mais do que o valor que o papel foi negociado na última sexta-feira (12).
"A nova companhia será o principal "player" doméstico na América do Norte, além de ser a maior importadora [de fertilizantes], que é a posição hoje da Yara", afirmou Hallgeir Storvik, diretor financeiro da companhia norueguesa. "A empresa terá, de longe, a maior participação de mercado da América do Norte, com cerca de 30%."
As informações são do jornal Folha de S.Paulo, adaptadas e resumidas pela Equipe AgriPoint.
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