"As produções estão muito mal. Éramos o terceiro exportador de carne do mundo e, atualmente, estamos em oitavo lugar. O Brasil fez um grande esforço para ter uma política, conseguir resultados. É o primeiro exportador de carne no mundo e avança a grandes passos. Até o Uruguai, um país pequeno quando comparado ao nosso (Argentina), está exportando mais carne que nós, porque tem uma política agropecuária implementada. Nós não temos."
Ao comentar a promessa de Cristina Kirchner em retomar a Resolução 125 - que propõe o aumento de impostos e restringe a exportação de grãos - ele avalia que a líder argentina "parece não ter assimilado" a derrota diante do Parlamento e que os votos contra a proposta constituem "uma realidade que não pode ser mudada".
"É uma posição sem lógica. Cristina fala de redistribuição de riqueza, mas deveria saber que, para redistribuí-las, é preciso produzi-la. Nesse momento, o que estamos fazendo é repartindo pobreza. Temos 11 milhões de pobres na Argentina. A pobreza está aumentando e isso é fruto de más políticas, não é culpa do campo."
Para Apaolaza, as discussões sobre o setor rural na Argentina estão "muito politizadas" e, na medida em que o país segue nesse contexto, não irá recuperar as posições perdidas no mercado internacional. "Isso gera conseqüências. Primeiro, deixaremos de exportar e depois, teremos que deixar de consumir."
"É preocupante e impossível produzir nessas condições. É uma inseguridade política que se cria e que não faz nenhum sentido e não existe em nenhum país do mundo."
Em referência às exportações de trigo argentino para o Brasil - maior importador mundial e principal parceiro no Mercosul - ele avalia que o fechamento do mercado argentino pode levar empresários brasileiros a importar o produto de países como os Estados Unidos e o Canadá. De acordo com a confederação, a Argentina exporta cerca de 7 milhões de toneladas anuais de trigo para o Brasil.
"70% do trigo no Brasil vem da Argentina. Deixaríamos de vender tudo isso e ter que recorrer à outros mercados menos importantes. Cria-se um problema sério, porque, no caso do Brasil, é para o seu próprio consumo. Para que o Brasil não precise fazer esforços de produzir trigo em um clima que é tropical. Como havia dito o presidente Lula, devemos nos complementar e não competir. O que um pode fazer bem, que o outro não faça."
As informações são da Agência Brasil.
Claudio Alberto Zenha Carvalho
Araguatins - Tocantins - Produção de gado de corte
postado em 11/08/2008
O nosso sucesso exportador se deve tão somente a um homem, e o nome é Marcus Vinícios Pratini de Morais, não é nenhum Lula não.