Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta, ou apenas ILPF, consiste na implementação sustentável e equilibrada de diferentes atividades rurais em uma mesma propriedade. Isso significa dizer, por exemplo, que em uma área podem ser produzidos grãos, madeira, carne e leite, uma vez que a propriedade pode ser dividida em lavoura, reflorestamento e pastagens. "Do ponto de vista econômico, o produtor não fica dependente de uma única fonte de renda", mostra o pesquisador da Embrapa Rondônia Alaerto Marcolan, que desenvolve experimentos de ILPF no município de Porto Velho, capital de Rondônia. "Se em um ano há problema de preço de gado, ele tem outras alternativas, como a lavoura", completa o pesquisador.
Além do aspecto econômico e social, a tecnologia leva em conta o equilíbrio ambiental. Do total de pastagens em degradação no Brasil, cerca de 50 milhões de hectares são considerados agricultáveis. Deste total, 36 milhões de hectares podem ser abrangidos pela ILPF, de maneira que a capacidade produtiva das áreas seja recuperada, evitando a abertura de novas áreas para pastagem.
Outra preocupação ambiental do Projeto é a produção de madeira. O componente florestal da integração entra como uma fonte de energia e matéria prima para a produção de cercas e instalações na propriedade. Sem a floresta plantada, a madeira seria extraída da mata nativa. Vale lembrar que a legislação exige a preservação da vegetação de Áreas de Preservação Permanente e a demarcação de Área de Reserva Legal em propriedades rurais.
O projeto está agora na fase de validação das tecnologias nas diferentes regiões da Amazônia. Em Rondônia, são realizadas atividades no Campo Experimental de Porto Velho e no Campo Experimental de Vilhena, no Cone Sul do Estado. A estimativa é que, em todo o Brasil, até 2010 sejam beneficiados com a tecnologia centenas de produtores rurais.
As informações são da Embrapa Rondônia, resumidas e adaptadas pela equipe AgriPoint.
Ian Baitello Cajuela
Mirassol - São Paulo - Frigoríficos
postado em 16/06/2009
Parabéns EMBRAPA!