Participam do teste de ganho de peso 35 animais, de nove pequenas propriedades de Morada Nova e Jaguaretama. Os ovinos passaram 90 dias confinados recebendo a mesma alimentação e sendo pesados periodicamente e ao final do período os pesquisadores vão saber quais os que tiveram maior ganho de peso. De acordo com o pesquisador da Embrapa Caprinos e Ovinos que lidera o projeto, Olivardo Facó, "o objetivo do teste é permitir que os criadores comparem o potencial genético dos seus animais com o de outros rebanhos e a seleção de possíveis reprodutores".
Os ovinos da raça Morada Nova são muito valorizados no mercado internacional, principalmente pela qualidade de sua pele. São animais de pequeno porte, adaptados às condições do semiárido brasileiro e apresentam altas taxas de fertilidade. Mesmo assim estiveram em risco de serem extintos porque os produtores estavam optando por outras raças. O projeto teve início em 2007 e vem desenvolvendo ações de estudo e conservação da raça de forma participativa com os criadores.
Facó explica que os doze rebanhos envolvidos no projeto vêm de pequenos criatórios e que alguns utilizam mão de obra familiar e que durante o trabalho de melhoramento genético participativo, os criadores participam da identificação das características que se busca melhorar nos animais.
Os resultados de um trabalho de melhoramento genético demoram a aparecer, mas alguns aspectos já podem ser observados como a maior valorização da raça com melhoria do preço de compra e venda dos animais. Outro aspecto importante é que o projeto tem incentivado o associativismo entre os criadores da região.
As informações são da Embrapa Caprinos e Ovinos, adaptadas pela Equipe FarmPoint.
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