O Ovino Pantaneiro é resultado de anos de seleção natural nos rebanhos de ovinos criados na região do Pantanal desde o início da colonização da área, há pelo menos 300 anos. Esses animais começaram a ser criados, primeiramente, por colonizadores espanhóis e, num segundo momento, por portugueses para subsistência. Desde então, aqueles ovinos que conseguiram se adaptar à região sobreviveram e tiveram condições de passar as características adaptativas aos seus descendentes.
"Ao longo dos anos, diversas outras reintroduções de outras raças foram sendo feitas pelos criadores, fosse com o intuito específico de melhorar o plantel existente, ou como resultado de trocas ou compras de ovelhas de outras regiões. Por causa de sua adaptabilidade, estas raças deixaram descendentes, por cruza com a pantaneira, diferentemente daquelas raças europeias modernas pouco ou não adaptadas", explica o professor e pesquisador Marcos Barbosa, coordenador do Troca de Ovinos.
Após a avaliação genética dos ovinos provenientes de diversas regiões do Pantanal e que compõem o atual rebanho da Fundação Manoel de Barros, no Centro Tecnológico de Ovinos (CTO) da Universidade Anhanguera-Uniderp, foi observado que os Ovinos Pantaneiros são parentes próximos das raças naturalizadas brasileiras deslanadas (Santa Inês, Morada Nova, Somalis Brasileira e Rabo Largo) e das raças naturalizadas ou locais lanadas (Bergamácia Brasileira e Crioula Lanada).
O Ovino Pantaneiro é de porte pequeno a médio e não acumula gordura subcutânea em excesso. Por isso, tem-se a impressão de estarem sempre muito "magros", mas os mesmos revelam não terem exigências calóricas elevadas, o que caracteriza sua rusticidade. "Os cordeiros nascem pequenos (3kg em média) e, quando submetidos a sistema intensivo de alimentação, permanecem em confinamento após desmama por apenas 60-90 dias, dependendo do sistema de produção adotado, e podem ir para o abate por volta dos cinco meses de idade. Ou seja, têm grande potencial de engorda", ressalta Marcos.
Tanto os machos como as fêmeas são precoces sexualmente e não possuem sazonalidade reprodutiva (as fêmeas emprenham em qualquer época do ano), assim, ocorre o nascimento de cordeiros ao longo de todo o ano, característica desejada por propiciar ao produtor a organização da reprodução nas datas mais adequadas para a gestão da propriedade.
Serviço
O evento recebe o apoio de todos os participantes do projeto e outros importantes parceiros: Universidade Anhanguera Uniderp, Embrapa, Seprotur (Secretaria de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo), Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Turismo e do Agronegócio) e da Câmara Setorial de ovinocaprinocultura. Os ingressos custam R$ 15,00 e estão à venda na Central de Comercialização de Economia Solidária (Rua Cândido Mariano, 1500 - Centro), Big Beef Itanhangá Park (Rua Joaquim Murtinho, 1260) e Jóias do Pantanal (Av. Dr. Paulo Machado, 497).
O assentamento Conquista fica a 20km de Campo Grande, contando a partir do Detran, na Rodovia 080, saída para Rochedo. A entrada para o local da festa se localiza na primeira estrada vicinal, à direita da rodovia, depois da ponte do Rio Ceroula, na entrada da "Estância Vovô Dedê".
As informações são do MS Notícias, adaptadas pela Equipe FarmPoint.
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