Com uma enorme expectativa, as autoridades sanitárias, a indústria frigorífica e os produtores vêm esperando os frutos das gestões que o Uruguai realiza para destravar a entrada de cortes ovinos, sem osso e maturados, no mercado mexicano. Entrar com carne ovina nos mercados da América do Norte sempre foi uma prioridade para o Uruguai após o controle da febre aftosa porque esses são os nichos de maior valor.
Segundo o diretor de Serviços Pecuários do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca, Francisco Muzio, a auditoria mexicana não tem uma data confirmada, ainda, mas está propondo que seja feita no mês que vem. A Secretaria de Agricultura, Pecuária, Desenvolvimento Rural, Pesca e Alimentação do México (Sagarpa), segundo Muzio, confirmou sua aprovação das informações técnicas enviadas pelo Ministério uruguaio. A Sagarpa tinha solicitado uma ampliação das informações enviadas do Uruguai e esse documento também atendeu à expectativa das equipes técnicas mexicanas que trabalham na análise de risco.
A missão pretendida pela Sagarpa fecharia a análise de risco e tem o objetivo de verificar a informação a campo. "Pretendem fazer uma missão curta, de cerca de cinco dias de trabalho no Uruguai, onde visitarão a Direção do Laboratório Veterinário "Miguel C. Rubino" (Dilave), que é o laboratório oficial onde são realizadas as análises de resíduos e se garante a inocuidade dos alimentos exportados. A visita também incluirá prédios de produção (estabelecimentos pecuários) para saber mais sobre os sistemas de criação e também chegarão a revisar algumas plantas frigoríficas, mas não do ponto de vista da inocuidade, mas sim, como centros de coleta".
Através da Embaixada do Uruguai no México, datas para a auditoria sanitária já estão sendo propostas e "buscamos que seja em dezembro", disse Muzio. Paralelamente, tanto nos Estados Unidos como no Canadá, os trâmites sanitários estão finalizados, mas não se conseguiu avançar ainda e abrir esses mercados.
A reportagem é do El País Digital, adaptada e traduzida pela Equipe FarmPoint.
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