Para o setor da pecuária, essa revolução de atitudes, expectativas e meios disponíveis para um salto de modernização, cria um ambiente mais tenso para permanecer na atividade. O consumidor de carne e produtos lácticos é hoje mais informado e, por consequência, mais exigente. Melhor qualidade, maior regularidade no fornecimento, comprovação de procedência e venda de produtos certificados ou com selo passam a ser requisitos que o varejo precisa oferecer ao ‘cliente rei’. Tudo isso, naturalmente, sem aumentar o preço na gôndola.
O produtor, espremido entre as empresas de insumos e a indústria de transformação do seu produto (carne ou leite), precisa ajustar seu tradicional sistema de produção a essas novas exigências do mercado. O desafio está colocado, trata-se agora de encontrar a forma mais ágil e rápida para reestruturar o processo produtivo para se manter num ambiente cada vez mais competitivo.
Podemos aprender com os outros países que já passaram por essa revolução silenciosa que muitos produtores deixarão a atividade enquanto o volume dos produtos de qualidade aumenta continuamente. Ou seja, não é a pecuária que enfrenta algum problema (pois demanda existe e tende a crescer), é o pecuarista que precisa avaliar se tem energia e interesse em enfrentar o desafio da modernização contínua. Recente estudo com produtores rurais no Sul revelou que 37% dos entrevistados informaram ter certeza de não poder contar com um sucessor em sua atividade. Isto significa que muita terra será vendida ou arrendada e a produção de carne e leite aumentará naquelas propriedades com capacidade de adaptar-se às novas condições do mercado.
A questão da sucessão no campo precisa ser avaliada perante esse pano de fundo da evolução do setor agropecuário.
Uma primeira tarefa é desvincular a sucessão da imagem da herança. Herança é um direito definido em lei e surge após o falecimento do dono da terra. Sucessão é o desafio de continuamente aperfeiçoar o sistema produtivo integrando à experiência da geração anterior à dinâmica e o conhecimento técnico avançado da geração recém-formada. Nessa ótica funcional, a sucessão não tem nada a ver com a perspectiva da herança. Ainda mais por normalmente existirem mais potenciais herdeiros do que filhos ou sobrinhos interessados em continuar o legado rural e levar a produção pecuária para novos patamares de competitividade e rentabilidade.
A sucessão rural é um processo colaborativo que se inicia quando representantes da nova geração mostram vocação e capacidade técnica ou gerencial para apoiar ativamente o atual responsável pelo negócio familiar na tarefa de intensificar e reestruturar sua atividade. Numa visão extrema, a sucessão dentro do negócio rural não precisa ser concretizada por familiares. É perfeitamente possível, e prática em muitas empresas de porte médio e grande, que as funções da sucessão/modernização sejam confiadas a profissionais contratados.
No entanto, o curso online Sucessão Familiar na Agropecuária abordará todos os aspectos humanos, jurídicos, mercadológicos e patrimoniais sob a ótica de identificar sucessores dentro do grupo dos potenciais herdeiros.
O treinamento esta com inscrições abertas até o dia 09/09 e é ministrado por Francisco Vila, formado em Economia (Alemanha) e Gestão (EUA); consultor internacional de governos e empresas em diversos países.
Para fazer sua inscrição, acesse: http://www.agripoint.com.br/curso/sucessao-rural/
valci jose ferreira de souza
Presidente Kennedy - Espírito Santo - pecuaria de corte/ leite
postado em 04/09/2013
no brasil não sucessão,nem nas empresas nacionais normalmente formada por familia. só haverá condiçoes de manter uma sucessão quando houver uma politica de longo prazo com definições de regras claras - garantia de produção juros baixos e condições de trabalho para o pião.