Este conteúdo é inédito, as perspectivas são de crescimento e uma das metas é coletar informações de outros Estados que ainda não estão incluídos na nossa pesquisa. Para a elaboração desse projeto, realizamos um levantamento e entramos em contato com frigoríficos e produtores de carne de várias praças (associações, cooperativas e produtores que possuem uma marca de comercialização de carne) e órgãos estaduais que realizam cotações regionais de carne de cordeiro. Com o formulário elaborado pelo FarmPoint e divulgado no site, também pretendemos aumentar a nossa lista de informantes de mercado para que o resultado das cotações mensais realizadas seja cada vez mais preciso e de acordo com a realidade brasileira.
Tabela 1 - 17ª Cotação Mensal do Preço do Cordeiro - agosto. (ps: variação
comparando com os preços cotados no mês de setembro de 2012).
*Fonte: Formulário de Cotação do FarmPoint, Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), Emater/RS, Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário (Seagro), Centro de Abastecimento Alimentar de Pernambuco (Ceasa), Informativo Semanal do Preço do Cordeiro - UNICETEX/FZEA/USP, frigoríficos dos estados participantes, cooperativas, associações e produtores de ovinos. PS: cotação realizada entre os dias 19/10 e 25/10.
Comentários de destaque
- Um informante do Espírito Santo comentou que na sua região o preço varia entre R$3,50 à R$6,50, quando são animais cruzados. "O grande problema é que não há uma rede de comercialização formal e o abate é praticamente todo clandestino, no caso de mercados (1º caso) e churrascarias (2º caso, precisam de carne macia). Portanto, não há um frigorífico que compre os cordeiros para venda direta. Com isto, o kg/vivo/cordeiro no ES é um mercado praticamente clandestino. Quem não quer sofrer com problemas de ilegalidade importa cortes de outros estados (SP, MS) e países", completou ele.
- Um produtor de ovinos de Juazeiro/BA citou que a região é regida em grande parte pelo regime de chuvas. "Nesse momento em que estamos passando por uma estiagem bastante prolongada poucos produtores estão tendo animais com peso para serem abatidos. A tendência é que o preço venha em uma subida crescente", finalizou ele. Corroborando com essa ideia, um produtor cearense disse que o preço do produto em questão, teve um acréscimo na região e está em torno de R$5,00 chegado a R$6,00 em alguns casos. "Este preço se dá em virtude da falta do produto. Tivemos um grande seca em nosso Estado. Em determinadas áreas já está há dez meses sem chuva. A produção de cordeiros está em baixa. O preço da ração em alta. Assim, os poucos rebanhos que sobraram estão somente em manutenção. Este é o retrato da nossa ovinocultura".
- Um informante do Paraná disse que o há um aumento de novos criadores de cordeiro e com isso, uma maior oferta e queda de preços.
- Dois produtores, um do Paraná e outro de São Paulo comentaram sobre a ausência de frigoríficos nas proximidades de suas propriedades: "Temos um grande problema para colocar a carne no mercado visto que não há frigoríficos que abatam cordeiros" e "Existe muita dificuldade em encontrar frigoríficos para o abate de ovinos; Aqui na minha região, num raio de 150 km não conheço nenhum". Além disso, um produtor de Formigueiro/RS frisou que tem uma dificuldade enorme de comercializar para frigoríficos pela baixa oferta de cordeiros e pela falta de organização do setor.
Equipe FarmPoint
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