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Agronegócio e segurança alimentar, inimigos?

Por ANDRE MELONI NASSAR
postado em 06/12/2011

13 comentários
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No mês passado foi realizada a IV Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, que teve como lema "alimentação adequada e saudável: direito de todos". Um leitor desatento certamente veria nesse tema uma proposta a apoiar de olhos fechados. Mas uma leitura mais detalhada, que se propusesse a entender as razões que dão suporte a esse lema, provavelmente levaria vários leitores a ter dúvidas quanto a um apoio irrestrito a ele. Tendo lido com cuidado tais razões, duas perguntas me vêm à cabeça: quais são as motivações dos líderes da formulação das políticas de segurança alimentar no País para fomentarem o debate que afirma que o modelo agrícola brasileiro é uma ameaça à segurança alimentar e nutricional? Essa decisão de colocar como inimiga a produção agrícola que utiliza tecnologia, está integrada aos mercados (nacionais e internacionais) e busca competitividade via ganhos de escala - agronegócio - procede?

Não sei a resposta à primeira pergunta. Mas posso dizer que ela é baseada na crença de que o agronegócio gerou a miséria que ainda existe no meio rural brasileiro. Nessa linha, é o agronegócio que impede o desenvolvimento dos povos tradicionais, indígenas e minorias étnicas que vivem dos recursos naturais, pois é um modelo baseado em escala - confundida por essas lideranças como monocultura - que concentra terra e, pelo uso de sementes transgênicas e agrotóxicos, promove a destruição da biodiversidade, de que tanto dependem tais povos. Além disso, segue o raciocínio, o agronegócio não possibilita a emergência e o acesso a tecnologias adaptadas para esses povos e aos agricultores familiares. Paro por aqui antes que eu seja convidado a fazer parte do Consea. E me concentro na resposta à segunda pergunta.

Não se trata de negar que ainda persistam no País situações de insegurança alimentar e que as comunidades onde a insegurança mais predomina são as dos povos tradicionais e indígenas. O problema existe e precisa ser combatido, com ações governamentais e o reconhecimento da sociedade de que a História do Brasil carrega um passivo que precisa ser atacado. Aliás, vale lembrar que muitas outras nações encontram o mesmo tipo de desafio e o estão enfrentando, em muitos casos, de formas diversas das escolhidas por aqui.

É preciso lembrar ainda que, como qualquer economia que ainda tem instituições em formação, problemas de corrupção e definições frágeis de questões-chave, como direitos de propriedade e ameaças à biodiversidade, existem: nas propriedades rurais, nos assentamentos da reforma agrária e nas reservas indígenas. É sabido que o desmatamento e a degradação florestal ocorrem nos três, sem privilégio de culpabilidade para nenhum deles.

Também posso reconhecer sem maiores dificuldades que boa parte da pesquisa agrícola, e tenho muitas e boas razões para afirmar que essa foi uma opção correta, está orientada para desenvolver tecnologias que tornam os sistemas produtivos - via sementes melhoradas, práticas de produção que usam melhor a terra, técnicas de manejo que procuram maximizar o uso dos insumos, etc. - mais eficientes e com maior produtividade. Tais pesquisas procuram dar soluções tecnológicas a sistemas produtivos que estão integrados aos mercados, uma vez que estes são caracterizados pela competição e pela tendência estrutural de queda real dos preços dos alimentos. Assim, sistemas de produção de base agroecológica, defendidos como opção correta pela conferência citada, que atendem predominantemente mercados locais e ainda não se mostraram capazes de produzir com eficiência e escala as commodities comercializadas nos mercados globais, tendem a receber menos atenção dos pesquisadores e das empresas de pesquisa.

Por fim, podemos facilmente verificar que o modelo agrícola brasileiro usa bons contingentes de terra, como o fazem as reservas indígenas e o faria a produção agroecológica se todo o alimento consumido no Brasil viesse desse tipo de agricultura. Usar terra, assim como comprometer a biodiversidade, não é e nunca será exclusividade do agronegócio.

Todas as questões apresentadas têm, ao menos em teoria, soluções. Nenhuma delas, no entanto, emerge do reconhecimento, explicitamente colocado em todos os documentos de suporte à conferência, do papel de vilão do modelo agroexportador brasileiro. Mais do que isso, todas as soluções podem ser idealizadas e implementadas independentemente da existência do agronegócio. Ou seja, embora seja a escolha feita pelas lideranças da segurança alimentar - a de que só o modelo da agroecologia pode garantir segurança e qualidade alimentar no Brasil e, portanto, o agronegócio não beneficia as camadas da sociedade que enfrentam a insegurança alimentar -, a emergência de um não ocorre em detrimento do outro. Somente na cabeça dos formuladores das políticas de segurança alimentar no Brasil é que todos os problemas serão resolvidos se o agronegócio for extirpado.

Trata-se de uma visão ideológica, que confunde o modelo agrícola contemporâneo - aquele que se desenvolveu a partir dos anos 1970 e hoje conhecemos como agronegócio - com a exploração do patrimônio rural do passado histórico brasileiro e tem enorme dificuldade de reconhecer no Estado o grande responsável pelos problemas de insegurança alimentar que perduram no Brasil. São os setores do agronegócio integrados aos mercados globais que estão incorporando, nos seus sistemas produtivos, ações de sustentabilidade e de responsabilidade social. Ignorar esse fato e igualar o agronegócio ao proprietário de terra do passado brasileiro significa apagar a História recente do Brasil em busca de um modelo de meio rural em decadência.

A matéria é do Ícone, para O Estado de São Paulo, adaptada pela Equipe Agripoint.

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ANDRE MELONI NASSAR    São Paulo - São Paulo

Pesquisa/ensino

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Comentários

Walter Jark Flho

Santo Antônio da Platina - Paraná - Consultoria/extensão rural
postado em 06/12/2011



Recentemente, li  no "estadão" artigo do Xico Graziano sobre a questão da segurança alimentar. O que mais me chamou atenção foi um dado da FAO segundo o qual são necessários 2,7 ha de terra agricultável,no mundo, para alimentar uma pessoa. Num primeiro momento achei que havia algum erro de digitação. Entretanto ,pelo texto ,o número parece estar correto. Como sou agrônomo comecei a fazer cálculos e não tenho a menor dúvida ,que para as condições de Brasil , é muita terra para alimentar uma só pessoa. Entretanto o número foi apresentado com a informação de que logo logo não haverá terra agricultável suficiente para alimentar a população crescente no mundo. O que tem a ver isso com o texto acima ? O agronegócio é fundamental para saciar a fome no mundo. E quem acha que agronegócio é sinônimo de monocultura ou extensas propriedades , está redondamente enganado. No Paraná mais de 70% dos produtores de soja são os chamados "Agricultores Familiares". O mesmo vale para outros produtos como leite, suinocultura ,avicultura, milho fruticultura olericultura ...
Está certo que o número de grandes produtores está aumentando mas vale lembrar que no Brasil 80% dos produtores são caracterizados  como agricultores familiares.
E qual a diferença entre os grandes empresários e os agricultores familiares? Apenas a escala de produção. As duas categorias tem o mesmo objetivo. Produzir para vender.
Vender para ganhar dinheiro. E produzir produtos agricolas para se vender ,hoje se chama de agronegócio. Portanto é uma discussão ridícula de ambientalistas que não conhecem nada , absolutamente nada de agricultura.
Um fato é concreto. O número de pequenos produtores está diminuindo. Isto não significa entretanto que a agricultura familiar é incompativel com o chamado agronegócio, que por sua vez é essencial para a segurança alimentar não só do Brasil
como tambem do mundo.


Walter


Joseph Crescenzi

Itaipé - Minas Gerais - Produção de café
postado em 06/12/2011

O assunto de Segurança Alimentar fala em "alimentação adequada e saudável: direito de todos". mas tem a ver principalmente com custo de produção. Esse custo reflete no preço em que um alimento saudável e farta chega na mesa do consumidor. Se os níveis de imposto pago pelo produtor, os custos altos com transporte e a diminuição de área devido a regulamentações ambientais aumentam esse custo de produção, o preço pago pelo consumidor tem que subir.

Nenhum modelo, sendo Capitalista ou Socialista, terá sustentabilidade se o produtor não for remunerado seus esforços.

César Giordano Gêmero

Araraquara - São Paulo - Pesquisa/Ensino
postado em 06/12/2011

Não podemos nos equivocar nas colocações sobre estrutura fundiária Brasileira, e seu sistema produtivo, que o agronegócio é completamente diferente dos moldes da agricultura familiar isto é fato, mesmo porque em nosso país temos dois ministérios diferentes, o MDA que cuida das questões da agricultura familiar, e o MAPA que visa os interesses dos agroexportadores, os agricultores familiares não têm perna para adotar o pacote tecnológico que os grandes produtores possuem, e eles devem sim se basear em sistemas produtivos que visem diminuir a utilização de insumos extra-setoriais.

Dizer que o agronegócio é fundamental para saciar a fome no mundo é pura utopia. Se isto fosse verdade não teríamos tanta criança passando fome no mundo. Desde a revolução verde até os dias de hoje o agronegócio já deveria ter resolvido o problema. Um exemplo simples é a questão da produção da soja em nosso país, grande parte de nossa produção serve de alimentação para aves e suínos da Europa e outros países da Asia, Oriente Médio, etc. Que consequentemente servem de alimento para esses povos. Para nós Brasileiros só resta a grande quantidade de agroquímicos utilizados que contaminam nossos solos, águas subterrâneas, etc. Este modelo de produção é insustentável a longo prazo, e a reforma agrária e uma produção baseada nos conceitos da agroecologia é necessária para sustentabilidade dos nossos filhos.

ABEL DE CARLI

Vista Alegre do Prata - Rio Grande do Sul - Produção de leite
postado em 06/12/2011

Fala-se muito da agricultura familiar mas se continuar do jeito que esta vão sobrar poucos agricutores familiar. Ter escala e pouco lucro sobre os produtos e so para grandes produtores.

RONALDO CARVALHO SANTOS

Curitiba - Paraná - Mídia especializada/imprensa
postado em 07/12/2011

Com todo respeito aos formadores de opinião,mas nossa omissão anima os arautos oportunistas da tutela a, criar bandeiras ,como linguagem dúbia, entre outras..
Assim nem sempre nos apercebemos das verdadeiras intenções.
Se aproveitam das vertentes ideológicas e, ao mesmo tempo que parecem estimular uma determinada corrente,incutem em outras o sentimento de contronto.
Na verdade , aguardam descobrir a direção dos ventos e, vão tutelar os vencedores..
Não estimulam discussão sobre modêlos,sistemas, com posição fomada,
Vão aguardar momento propício para incentivar os conflitos e, deles se aproveitar.
Não é difícil entender que, e a quem interessa a manutenção do confronto..
O litígio enfraquece os contendores, que serão dominados e tutelados,
Deixando de pensar aceitam quaisquer modêlos que lhes sao  impostos.
Políticas Públicas formuladas para surtirem efeitos de clientelismo,bolsões de núcleos dos "Sem" passam a ter voz através os arautos da corrupção.Se atendidos não haveria ou se diminuiria o número de sem terra não vocacionados e as minorias.
A integração dos atores se enquadraria na normalidade do processo inteligente,qual o Sistema  Agropecuário Produtivo Integrado,coim espaço para uma política  engajada,de sustentação do entrosamento entre, diferentees mas irmanados para bem comum..
Lógico que agricultores, são diferentes se, grandes ou pequenos.como empresas e os empresários, também suas indústrias.As tecnologias são bem vindas quando usadas sem risco, e necessárias.Finalmente, os produtos devem satisfazer as necesidades do consumidor, sem causar riscos a saúde humana,Assim fabricados seus excedentes de produção serão exportados.
A união de quem produz a matéia prima,quem transforma , beneficia e elabora produto final,deve procurar sem tutelas, entendimento para que, não sejam colhidos de surpresa , por aqueles que criam dificuldades (Modêlos,Conflitos)  para cobrar faciilidades.
Assim nos atores da Cadeia Produtiva, não haverá excluídos e os "Sem"
Os corrupotos passam a ser agora os "Sem Conflitos", e as têtas secarão.

Fernando Melgaço

Goiânia - Goiás - Mídia especializada/imprensa
postado em 07/12/2011

Que o agronegócio usa defensivos, herbicidas ,desfolhantes, adubos químicos etc. em grandes escalas, não resta dúvidas.

Muito me preocupa os resíduos destes agroquímicos que ficam no solo e nas águas. Dizem os mais entendidos que eles se decompõem em produtos inativos. Não consigo acreditar que isto seja uma verdade para todos eles. Acho que num futuro não muito distante, teremos nossos cursos de água quase todos contaminados, destruindo a fauna aquática, principalmente os peixes.

Quanto à contaminação dos alimentos, também me preocupa, principalmente quando vemos reportagens como as do Jornal Nacional de 06/12/2011, onde pudemos ver o descaso com que se tratam as aplicações de agrotóxicos em diversas culturas. Defensivos encontrados em diversas frutas e verduras, muito dos quais não indicados para aquela cultura. Acredito que os famosos clorados ainda continuam a ser usados, apesar da proibição do M.A., principalmente nas raízes e tubérculos. Este inseticida se acumula nos tecidos adiposos do nosso corpo e podem causar até câncer.

Faz-se necessário que o M.A. fiscalize melhor a aplicação dos agrotóxicos, evitando assim que se apliquem defensivos inadequadamente e em quantidades exageradas.

A sorte de todos nós consumidores são as diluições. Isso significa que, quando o agrotóxico chega até nós, através dos alimentos, eles já estão bastante diluídos, tornando as doses ingeridas muito baixas. O mesmo não acontece com aqueles que são acumulativos, como é o caso dos clorados.

Acredito, no entanto, que sem os agroquímicos jamais conseguiríamos alimentar a maioria dos 7.000.000.000 de habitantes do Planeta. Mesmo assim, ainda existe uma boa parcela da população passando fome, tanto quantitativa quanto qualitativa. Esta parcela gira em torno de 2.000.000.000 de seres humanos em várias partes do mundo, principalmente nos países pobres da África Subsaariana.

Atenciosamente,

Fernando Melgaço

Walter Jark Flho

Santo Antônio da Platina - Paraná - Consultoria/extensão rural
postado em 08/12/2011

Prezado Fernando ! Aproveito seu comentário para acrescentar a seguinte preocupação: Muitas vezes há exagero por parte da mídia . Ontem (7/12 ) assistindo a um telejornal (Bandeirantes) fiquei estupefato com as declarações de um entrevistado que foi identificado como Agrônomo. A reportagem tratava da questão de residuos de agrotóxicos, e o quando questionado pela entrevistadora , o tal agrônomo afirmou que os residuos eram de Mercúrio e Chumbo. Fiquei surpreso porque produtos a base de mercurio já estão proibidos há mais de 40 anos. Tudo bem que há exageros que devem ser contidos. Entretanto falar em mercúrio me pareceu um exagero. Espero estar certo na minha afirmação até porque nunca tinha ouvido falar em agrotóxicos a base de chumbo. Se falei besteira me corrijam.


Walter

RONALDO CARVALHO SANTOS

Curitiba - Paraná - Mídia especializada/imprensa
postado em 08/12/2011

Não percamos o foco do artigo. AGRONEGÓCIO E SEGURANÇA LIMENTAR, SÃO INIMIGOS?
O espaço do Milk Point gratuíto deve ser mais bem usado pelos formadores de opinião, embora respeite todos os comentários, vamos entender a raiz do problema.e discutir a solução, já que todos sabemos que a IN 51, será prorrogada.
Não quero ficar emcima do muro, também acho que não deveria se prorrogada, mais vai e daí?
Continuaremos a chorar pelo leite derramado e manter as vacas no brejo com TB ,Brucelose etc..... ? Desculpem.

Ronaldo Marciano Gontijo

Bom Despacho - Minas Gerais - Produção de leite
postado em 08/12/2011

Sem o agronegocio a humanidade morre de fome, isto é fato. Se eu estiver errado me mostrem outra forma de alimentar 7 bilhões de seres humanos.   

Marcos Vinicius Grein

Balsas - Maranhão - Consultoria/extensão rural
postado em 08/12/2011

É necessário fazer um programa de divulgação da agricultura moderna e sustentável para o povo brasileiro.

Roberto Trigo Pires de Mesquita

Itupeva - São Paulo - Produção de Gado de Corte
postado em 09/12/2011

Acho que estamos confundindo agronegócio com seus sistemas de produção orientados meramente para a busca do incremento da produtividade, estes sim, nitidamente conflitantes pelo menos em termos conceituais com a garantia de segurança alimentar absoluta aos consumidores finais de seus produtos.


Entendo que agronegócio é uma má tradução de agribusiness, que na verdade é o meio pelo qual as produções agrícolas e pecuárias são geridas das porteiras para fora, obviamente com objetivos de máxima agregação de valor aos seus produtos, tudo isso sempre melhor otimizado a partir do pleno atendimento às exigências do mercado consumidor que estão cada vez mais focadas nas boas práticas produtivas, na garantia de qualidade total e, principalmente da segurança alimentar absoluta.


Tanto são entidades pró-ativas do agronegócio o pequeno produtor orgânico que comercializa seus produtos diretamente em mercados regionais quanto os grandes conglomerados das diferentes cadeias produtivas responsáveis pelo suprimento mundial de alimentos.


E cada um deles é responsável pelo oferecimento de segurança alimentar aos seus clientes, independentemente das escalas de produção em que operam.

César Giordano Gêmero

Araraquara - São Paulo - Pesquisa/Ensino
postado em 10/12/2011

O agronegócio é o maior inimigo da segurança alimentar. E não apenas no aspecto do produto final, mas também de todas as outras formas, como social e ambientalmente, considerado predador e excludente. Alimentos transgênicos além de serem ``mutantes`` modificados geneticamente sem nenhuma comprovação cientifica do real impacto no organismo humano,  tiraram a hegemonia dos agricultores tradicionais que realizavam seu próprio melhoramento genético, através da seleção dos melhores pés de feijão como exemplo, para semear no ano agrícola seguinte.

Desde a revolução verde que começou na década de 60 -70, com o advento da mecanização do campo, uso intensivo de produtos químicos, pesticidas, inseticidas, não conseguimos resolver o problema da fome no mundo, que só aumenta ano a ano. Mas porque? Vamos pegar como exemplo o interior de São Paulo, região centro paulista, a maciça monocultura da cana-de-açucar, o verdadeiro MAR DE CANA, é retirado para virar etanol que alimenta nossos carros! é assim que vamos resolver o problema da fome? retirando da terra e alimentando carros? a terra não deve ser encarada como apenas um produto de extração de dinheiro, como uma indústria, existe toda uma questão social que envolve a agricultura. A forte relação do homem com a terra.

Os agricultores familiares são os maiores responsáveis pela produção de alimentos que vão a mesa do brasileiro todos os dias. Devemos repensar o modelo de fazer agricultura, a discussão é muito mais complexa. Desde a colonização do Brasil a estrutura agrária é praticamente a mesma. A reforma agrária se faz necessária para diversificarmos a produção e alimentar a população.

RONALDO CARVALHO SANTOS

Curitiba - Paraná - Mídia especializada/imprensa
postado em 12/12/2011

Gostaria que este assunto continuasse a  ser debatido, agora sim dentro da ótica  qual deveria ser enfocada desde o início. Vejam que estamos, abrindo discussão e contraditório. Que boa participação do pesquisador Cesar Giordano. Que venham mais.
Assim poderemos de fato descobrir equações que permitam Gerenciar Conflitos se for necessário e, permitir solução Técnico-social não excludente, tendo em mira um modelo que atenda à demanda de alimentos e respeite  sementes indígenas e o meio ambiente. O Brasil pelo seu crescimento irá liderar (terá que) um novo modelo de sistema.
Sistema produtivo solidário para um comércio justo, sem aportes ideólogicos.
Ronaldo Carvalho Santos Médico Veterinário   - Assessoria Independente

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