Para a elaboração deste projeto, realizamos um levantamento e entramos em contato com frigoríficos e produtores de carne de várias praças (associações, cooperativas e produtores que possuem uma marca de comercialização de carne) e órgãos estaduais que realizam cotações regionais de carne de cordeiro.
No mês passado, o FarmPoint também lançou um formulário (clique aqui) para aumentar a rede de informantes, captar as tendências de mercado dos estados brasileiros e levar informações relevantes ao leitores. Este formulário permanecerá em aberto e também será utilizado para as próximas cotações.
Tabela 1 - 6ª Cotação Mensal do Preço do Cordeiro - maio de 2011.
* Fonte: Formulário de Cotação do FarmPoint, Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), Emater/RS, Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário (Seagro), Centro de Abastecimento Alimentar de Pernambuco (Ceasa), Informativo Semanal do Preço do Cordeiro - UNICETEX/FZEA/USP, frigoríficos dos estados participantes, cooperativas, associações e produtores de ovinos. PS: cotação realizada entre os dias 10 a 20 de maio de 2011.
Comentários de destaque
O informante de um frigorífico do Rio Grande do Sul comentou que a oferta de cordeiro é grande, porém, o mercado não está comprando a carne num preço que feche a conta. "A oferta de capão e ovelha, que para a indústria faz a média, não tem. O mercado de carne está instável e acredito que o preço ao produtor deva cair devido os estoques". Na mesma linha, um produtor do Estado de São Paulo completou dizendo que os produtores estão com dificuldades de colocar o produto no mercado mesmo com o preço baixo.
Outro leitor de São Paulo destacou que o preço está bom, mais o custo de produção está muito alto. "A tendência de alta é provável devido a falta de produto nesta época". Um informante da região de Piên/PR e outro de Santa Catarina frisaram que, devido a entressafra, os preços têm se elevado.
Um leitor de Rondônia relatou uma situação de desânimo na sua região. "Quando vendemos algum ovino é para o atravessador. Estamos tendo custos muito altos com insumos já que vêm do Sudeste e Sul do país. Não estamos conseguindo sair do vermelho apesar de 4 anos de atividade".
Um informante da região de Caicó/RN, comentou que lá não há criação direcionada para produção de cordeiros e sim para carneiros, conhecidos também como "carne de criação". "Estou tentando implantar o conceito de criação de cordeiro, mas os entraves são muitos, desvalorização, produto desconhecido, falta de incentivo, etc". Da região do Trairi/RN, um informante destacou que como todos sabem, o custo para a terminação de cordeiros é salgada e que quando procuram pessoas sérias para comprar a carne geralmente são atravessadores. "O governo não leva a sério a ovinocultura, nem pela assistência sanitária e nem pela parte comercial, que são os dois calos da atividade. Quem cria hoje no nosso país não tem vantagem nenhuma. Os produtores de carne ovina necessitam de um mercado oficial, com frigoríficos para comprar a produção e não de forma clandestina".
De acordo com um leitor da região sul do Tocantins, a maioria do rebanho destina-se ao consumo das próprias fazendas. "Temos dificuldade de apurar o preço do quilo, pois varia muito de propriedade para propriedade, em virtude não termos organização da cadeia produtiva (nem através de associação e nem frigorifico, cada um estipula seu preço). E com isto os compradores aproveitam da situação e pagam um valor abaixo do mercado".
Raquel Maria Cury Rodrigues, Equipe FarmPoint.
Thyron Cristovão Korobinski
Guarapuava - Paraná - Estudante
postado em 12/09/2012
Bom dia!
Uma pergunta, essa cotação não seria a do mês de Junho? pois consta uma cotação do mês de Maio no dia 20/05/2011 com o título: "Brasil: preços do cordeiro permanecem estáveis com tendência de crescimento devido a entressafra e queda nas importações", referente a 5ª cotação.
Atenciosamente.