Japão, Coreia do Sul, Emirados Árabes e Arábia Saudita, países que têm poucas terras disponíveis para a agricultura e que lideram o movimento mundial de "offshore farming", têm o Brasil e a África como alvos principais das suas agressivas estratégias de aquisição de hectares. Grãos como soja, milho e arroz e cereais são as principais culturas que tais nações pretendem explorar, além da cana-de-açúcar e outros vegetais que mostrem ter potencial para gerar energia no futuro.
Especialistas e produtores brasileiros observam que o interesse internacional por áreas produtivas no país não é exatamente novo, mas só faz crescer. No entanto, a falta de uma legislação específica gera insegurança tanto nos investidores que vêm de fora como nos fazendeiros locais. Além de responder a questões importantes como as ambientais e as relativas à utilização dos recursos naturais do país, para o professor Nguyen, é preciso que o governo crie uma forma de transformar os rendimentos advindos da venda ou do aluguel de hectares em um projeto de desenvolvimento nacional com foco nos habitantes das zonas rurais. "No encaminhamento dado a essa questão até agora, está faltando o elo entre o ingresso do dinheiro e como o Brasil vai aproveitá-lo. Creio que a solução dessa dificuldade passa pela reforma agrária, de forma que os mais pobres recebessem uma parte dos investimentos", propõe.
Não que os agricultores brasileiros não tenham tecnologia suficiente para abastecer o mercado consumidor interno ou que a oferta de alimentos esteja abaixo da demanda, porém, considerando que há regiões onde os moradores não conseguem fazer refeições decentes diariamente, os estrangeiros ainda podem reservar uma parte da sua produção para vender à população local. Esta é uma medida que beneficia o país, na avaliação do estudioso. E que evita desconfortos políticos, na interpretação dos empresários estrangeiros.
As informações são do jornal Folha de S.Paulo, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.
Juliano Tramontini
Ji-Paraná - Rondônia - Consultoria/extensão rural
postado em 08/09/2009
Não sei o que estes estrangeiros pensam, que os brasileiros são idiotas ou burros. É muito melhor vender alimentos para estes paises do que deixa-los se aproveitarem dos solos brasileiros para produzirem alimentos, e sabe-se lá explorar o máximo possível e após abandonar terras que se gastará muito para recuperá-las. O pior é ler uma pessoa dizendo ainda que eles poderiam vender uma parte destes alimnetos para nós. Se continuarmos a deixar estes estrangeiros mandar em nosso país, daqui a pouco seremos estrangeiros em nossa própria pátria