Desde meados do ano passado, no entanto, o valor agregado da lã foi desaparecendo. "Hoje, o negócio é exportar lã suja, sobretudo ao Uruguai, onde se agregam valor ao produto para exportar depois", disse o vice-presidente da Federação de Sociedades Rurais de Río Negro, Edgar Contín.
Frente a essa situação, os fornecedores de lã cardada e lavada estão pedindo proteção ao Governo Nacional. Para eles, a solução passa por aprofundar a diferença atual de 5% entre os impostos de exportação da lã suja e das lãs cardada e processada. "Somos conscientes de que os lavadores e cardadores estão em uma situação muito difícil, mas nos opomos que seja nosso setor que suporte esta maior carga tributária".
Os produtores, ao contrário, querem que o Governo elimine os impostos às lãs cardadas e lavadas. "Isso beneficiaria a todos", disse Contín. Os produtores não são quem absorvem o custo do cardado e do lavado da lã porque, em geral, vendem suas produções sujas às empresas exportadoras. Essas se encarregam do processamento e do pagamento dos impostos. No entanto, o aumento dos impostos de exportação afeta os produtores, segundo Contín, porque os exportadores descontam dos produtores o pagamento dos impostos do preço final pago pela lã.
A reportagem é do Infocampo, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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