Além de garantir a melhoria genética e o aumento do rebanho no estado, a ação do Governo traz a sustentabilidade para a região semiárida e para mais de 7 mil famílias, com geração de emprego e renda. A Bahia lidera o ranking nacional de caprinos com um rebanho estimado em 4,5 milhões de cabeças e está em segundo lugar na criação de ovinos, com 2,5 milhões, superada apenas pelo Rio Grande do Sul.
O superintendente de Agricultura Familiar da Seagri, Ailton Florêncio, destaca que o projeto estimula a organização social nos municípios. "Para participar do programa, os agricultores se organizam em associação ou cooperativa", disse ele. "No prazo de 18 meses, cada família contemplada deverá entregar o mesmo número de animais a uma segunda família, garantindo o prosseguimento do projeto e a ampliação do número de agricultores familiares beneficiados", explicou.
Para garantir que os agricultores incluídos no Programa só recebam animais de qualidade e sanidade comprovadas, a Secretaria da Agricultura criou comissões locais em todos os municípios, com a missão de inspecionar os animais para verificar a qualidade e realizar a vistoria sanitária e também têm poder para rejeitar até todos os animais, obrigando o fornecedor a entregar novo lote, de acordo com as especificações. Um detalhe importante: os fornecedores só recebem o valor contratado depois da entrega perfeita dos animais, com a anuência da comissão municipal.
Os animais são submetidos às ações sanitárias da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia, Adab, que tem a função de assegurar a sanidade dos animais através de inspeção clínica e exigência aos fornecedores da documentação sanitária específica.
Cada família selecionada pelo projeto recebe cinco matrizes melhoradas de caprinos ou ovinos. O impacto do melhoramento genético do rebanho é garantido através da distribuição dos animais em regime de doação rotativa. Cada família beneficiada nessa fase do programa doará a mesma quantidade de animais para uma segunda família, num prazo de 18 meses. As raças distribuídas possuem dupla aptidão (carne e leite) e se adaptam muito bem ao semiárido, com alta taxa de fertilidade e baixo custo de criação.
A reportagem é do Governo da Bahia, resumida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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