"Do bode se aproveita até o berro, que é a melodia do Sertão". Com esse entendimento, a Secretaria da Agricultura Irrigação e Reforma Agrária, (Seagri), incentiva e promove a melhoria genética da caprinovinocultura, principal cadeia produtiva do semiárido baiano.
Através do projeto Sertão Produtivo, o governo do Estado da Bahia entregou, ao longo de 2009, 38.265 mil animais, entre caprinos e ovinos, (fêmeas mestiças e machos Puro de Origem (PO) das raças Anglo Nubiano, Bôer, Dorper e Santa Inês), a 7.785 famílias de agricultores em 126 municípios.
Cada família selecionada pelo projeto recebeu cinco matrizes melhoradas de caprinos ou ovinos. O impacto do melhoramento genético do rebanho é garantido através da distribuição dos animais em regime de doação rotativa.
Cada família beneficiada do programa doará a mesma quantidade de animais para uma segunda família, num prazo de 18 meses. As raças distribuídas possuem dupla aptidão e se adaptam muito bem ao semiárido, com alta taxa de fertilidade e baixo custo de criação.
O secretário da Agricultura, Roberto Muniz, destaca que além de garantir a melhoria genética e o aumento do rebanho no Estado, a ação do governo traz a sustentabilidade para a região semiárida e para mais de sete mil famílias, com geração de emprego e renda. A Bahia lidera o ranking nacional de caprinos com um rebanho estimado em 4,5 milhões de cabeças, e está em segundo lugar na criação de ovinos com 2,5 milhões, superada apenas pelo Rio Grande do Sul.
"Queremos fazer dessa cadeia a sustentabilidade desse povo, melhorando a qualidade da carcaça animal, da carne e do leite ofertados". O superintendente de Agricultura Familiar da Seagri, Ailton Florêncio, destaca que o projeto estimula também a organização social nos municípios. "Para participar do programa os agricultores se organizaram em associação ou cooperativa", disse ele, acrescentando que o sentimento de solidariedade também é desenvolvido.
As informações são do site da Feinco, resumidas e adaptadas pela Equipe FarmPoint.
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