A ampliação do prazo faz parte de acordo entre a bancada ruralista e o governo para votar a MP da renegociação da dívida total do setor rural, que tranca a pauta da Câmara. O acordo depende do acerto quanto aos juros que vão ser cobrados dos 30 mil produtores inscritos na dívida ativa. Enquanto agricultores e pecuaristas reivindicam juro fixo de 6,75% ao ano, o Ministério da Fazenda argumenta que, ao dobrar o prazo de pagamento, o encargo terá que ser a taxa Selic (taxa básica de juros), que está em tendência de alta.
"A Selic é flutuante. Já entramos nessa no passado e sabemos no que dá: contas estouradas", disse Colatto, líder da bancada ruralista. Ontem à noite, governo e deputados não chegaram a um acordo. Diante das dificuldades, alguns ruralistas já aceitavam negociar a incidência da Selic, desde que congelada.
A investida da bancada rural para obter novas vantagens da rolagem da dívida rural provocou protestos entre alguns deputados. "A bancada ruralista é insaciável. Já fizemos concessões, mas eles nunca estão satisfeitos", disse o líder do PT na Câmara, Maurício Rands (PE).
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As informações são do jornal Folha de São Paulo.
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