De acordo com a assessoria de Minc, ele aceitou o convite de Paris, onde estava em viagem de trabalho. A confirmação aconteceu depois de o presidente Lula se reunir no Palácio do Planalto com o ex-governador do Acre Jorge Viana (PT), que também era cotado para o cargo. Viana não quis falar sobre o convite nem se havia recusado a oferta de assumir o ministério.
Ativista ambiental, o novo ministro foi líder estudantil, participou da resistência contra a ditadura militar e, em 1969, foi preso e exilado. Voltou ao Brasil em 1979, no período da anistia. Minc foi um dos fundadores do Partido Verde. Nos anos 90 se filiou ao PT. Recebeu, em 1989, o Prêmio Global 500, concedido pela ONU aos que se destacam mundialmente nas lutas em defesa do ambiente.
Marina Silva pediu demissão do cargo na terça-feira em carta enviada a Lula. Ela reclama da resistência que enfrentou no governo e da falta de sustentação política. "Vossa Excelência é testemunha das crescentes resistências encontradas por nossa equipe junto a setores importantes do governo e da sociedade", escreveu. "Em muitos momentos, só conseguimos avançar devido ao seu acolhimento direto e pessoal. No entanto, as difíceis tarefas que o governo ainda tem pela frente sinalizam que é necessária a reconstrução da sustentação política para agenda ambiental", completou.
Segundo o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA, Luciano Zica, a expectativa é que a política ambiental implementada por Marina Silva continue. Depois de conversar com a ex ministra, Zica disse que ela está satisfeita com a indicação de Carlos Minc para assumir a pasta. "Carlos Minc tem compromisso e nós confiamos que ele vá dar continuidade à política implementada pela ministra Marina", afirmou.
"Minc é um militante histórico da causa ambiental, companheiro da ministra em muitas lutas, um companheiro que tem uma visão importante da defesa do meio ambiente que tem que ser respeitada e valorizada", disse. As informações são do Jornal do Comércio.
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