Kátia Abreu também defendeu para o agronegócio tratamento equivalente aos de outros setores da economia em relação à produção. Segundo ela, as condições dadas a empresas urbanas e indústrias também devem estar disponíveis para os produtores rurais. "Precisamos das mesmas coisas: capacidade, eficiência de gestão, tecnologia, mão de obra, juros baixos. Não basta apenas transferir um pedaço de terra, porque transferência de patrimônio não significa transferir renda", enfatizou. Em relação ao tema de hoje do seminário, que abordou direito de propriedade e índices de produtividade, a presidente da CNA defendeu um debate no qual prevaleça a razão, levando em conta os indicadores econômicos e sociais. "Não dá mais para ficarmos agarrados a conceitos ideológicos, com as pessoas tratando certos assuntos como religião ou dogma".
A presidente da CNA falou das consequências negativas que os índices de produtividade poderão trazer para a população, diante da proposta de revisão dos indicadores a que os produtores rurais devem obedecer simultaneamente. Hoje, eles devem ter 80% de Grau de Utilização da Terra (GUT) e 100% de Grau de Eficiência de Exploração (GEE), para que suas fazendas não sejam desapropriadas para fins de reforma agrária. Uma das preocupações é a falta de alimentos para a população mundial. Para a presidente da CNA, o peso do setor na economia é um dos pontos que devem ser observados nas discussões sobre os índices de produtividade, uma vez que o agronegócio responde por um terço do Produto Interno Bruto (PIB), um terço dos empregos e das exportações.
Ela destacou que, graças ao uso de alta tecnologia e de entidades de pesquisa como a Embrapa, os alimentos hoje são mais baratos e representam 18% do rendimento das famílias, enquanto na década de 60 este percentual era de 48%.
As informações são da CNA, adaptadas pela Equipe AgriPoint.
DARLANI PORCARO
Muriaé - Minas Gerais - Produção de leite
postado em 11/11/2009
O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, sem nenhum subsídio por parte do governo, se houvesse sim, uma ajuda em termos de preço mínimo que garantisse um lucro certo ao produtor, até seria certo o governo cobrasse um rendimento mínimo das propriedades. O mais certo seria uma cobrança mínima do povo brasileiro, perante a administração desse país, que é o maior cobrador de tributos do mundo, principamente de alimentos.