Em palestra a cerca de 400 empresários do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em São Paulo, Serra lembrou que Dilma conta com o apoio do líder do MST, João Pedro Stédile, nessas eleições. "O Stédile declara apoio à Dilma porque, com ela, eles (sem-terra) vão poder fazer mais invasões, mais agitações", afirmou.
Serra classificou o MST como um "partido revolucionário socialista". "Não é para a reforma agrária que o MST existe", completou o candidato do PSDB. Segundo o tucano, não há problema em defender a "revolução", mas sim em fazer isso com dinheiro público.
Mas o tucano omite um também provável acirramento da violência no campo caso seja eleito em outubro.
Os governos de FHC (de 1995 a 2002) e de Lula, desde 2003, servem para desmistificar um pouco o papel dos governantes nessas ações e ajudam a antever o que fará o MST a partir de 2011.
Sob a gestão tucana, o MST invadiu fazendas pelo país afora, entrou na propriedade dos filhos do presidente, promoveu marchas a Brasília, gritou "fora, FHC" e se projetou com o massacre de Eldorado do Carajás, quando 19 de seus integrantes foram assassinados pela PM do Pará em abril de 1996. Diante desse cenário, enquanto o Lula candidato repetia ser o único capaz de conter os sem-terra, a impressão era que o MST atingia o auge de seu fôlego no final dos anos FHC. Engano.
Com a eleição de Lula, em 2002, houve uma corrida de sem-terra aos acampamentos, com a expectativa (não confirmada) de uma breve e ampla reforma agrária. Em seis meses, o número de famílias acampadas avançou de 60 mil para 200 mil. Nos três primeiros anos de Lula, o número de invasões superou em 55% o dos três últimos de FHC.
Assim, sob Serra, é possível projetar menos invasões - por conta do aumento da repressão e da redução dos repasses de recursos federais - e mais conflitos entre sem-terra e Planalto.
Sob Dilma, o cenário provável é de mais invasões, diálogo com o Planalto e violência entre MST e fazendeiros.
As informações são da Agência Estado e da Folha de S.Paulo, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.
Carlos Alberto de Carvalho Costa
Muqui - Espírito Santo - Produção de café
postado em 27/07/2010
Só tem um pequenos detalhe que vcs esqueceram de dizer: se o Serra ganhar, as propriedades produtivas continuarão com o direito de pedir a reintegração de posse e se a Dilma ganhar,o que será que vai acontecer com a gente e principalmente com o AGRONEGÓCIO ?
Carlos Alberto