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Governo estuda novos índices de produtividade da terra

postado em 19/08/2009

6 comentários
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O governo federal anunciará em 15 dias a atualização dos índices de produtividade, fixados em 1980 com base no Censo Agropecuário de 1975. O compromisso foi assumido ontem (18) pelo ministro de Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, em reunião com lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

"Terra tem que cumprir função social - isso está na Constituição. Terra tem que servir para produzir alimentos, é isso que o índice de produtividade determina. Esse índice não vinha sendo reajustado desde 1980", disse Cassel.

Os índices de produtividade, que valerão a partir do próximo ano, serão fixados com base nos dados da Produção Agrícola Municipal (PAM) feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por microrregião geográfica, a partir da média de produtividade entre 1996 e 2007.

Sobre a possibilidade de resistência da bancada ruralista no Congresso Nacional, Cassel foi taxativo, afirmando que reajustar índices de produtividade é "obrigação" do governo, estabelecida em lei, para assegurar que as terras agricultáveis sejam usadas.

Segundo ele, a atualização dos índices de produtividade não tem como objetivo a reforma agrária. A revisão dos índices visa garantir que as terras agricultáveis do país produzam alimentos para toda a sociedade. "Aquelas terras que não são produtivas podem vir a ser trabalhadas para reforma agrária", esclareceu.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, em diversas regiões permanecerão os índices vigentes. No caso da soja, por exemplo, 66% dos municípios mantêm os índices atuais, 27% terão índices menores ou iguais à média histórica e 7% terão índice superior à média histórica. No caso do cultivo de milho, a maior parte (57%) terá índice igual ou menor que a média histórica - apenas 12% terão índice acima.

"Os índices de produtividade são absolutamente confortáveis para quem produz na média", assegurou Cassel. Os novos índices serão apresentados nesta semana ao Conselho de Política Agrícola pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, para posterior publicação da portaria que atualiza os números.

As informações são de Mylena Fiori para a Agência Brasil, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.

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Comentários

Jucelino dos Reis

Cascavel - Paraná - Produção de gado de corte
postado em 19/08/2009

A reforma agrária brasileira não pode ser um programa eterno, têm de ter data para acabar. A bancada ruralista bem que poderia trabalhar para por um fim nessa novela, por sinal, excessivamente cara.

Carlos Sant´Ana

São Francisco de Paula - Rio Grande do Sul - Produção de gado de corte
postado em 19/08/2009

De um lado se exige do produtor uma produtividade artificialmente alta, que nem sempre é economicamente justificada, de outro lado as exigências requerem a intensificação da produção e o incentivo às tecnologias integradas com a indústria, que queremos evitar para podermos preservar o ambiente.

Os índices impostos à pecuária são irracionais, confundindo produtividade com número de cabeças por hectare. Diversas propriedades que por excesso de lotação têm baixa produção de quilos de boi vivo, justamente porque têm muitas cabeças em pequena área.

Sergio Pinto

Itapeva - São Paulo - Produção de gado de corte
postado em 20/08/2009

Interessante, a preocupação com indices de produtividade em propriedades rurais.
A corrupção, as obras superfaturadas, a violencia, a saúde, o aumento de vagabundos que vivem a custa do governo( pagos pela sociedade produtiva do país ), despreparo de toda classe politica em todos os níveis e vamos por aí afora.
Enfim este é o Brasil.

Wagner Alexandre Gava

Araguaína - Tocantins - Produtor Rural
postado em 20/08/2009

O interessante é que, como é sabido, o governo federal possui uma extensão de terras mais que suficiente para assentar muitas familias destes movimentos lava dinheiro. O problema é que eles querem terras que possam vender após o termoino do fomento que o governo ( NÓS, PRODUTORES) lhes dá e para poder vender ganhando bom dinheiro tem que ser em terras sabidamente produtivas, que o governo, atraves de indices de produtividade torna improdutivas, ai qualquer senador, deputado ou ministro pode comprar e fazer um latifundio com o NOSSO suado dinheiro que é desviado todos os dias. Normatizar limpeza de carcaça em abate o governo não quer, tratar de ter estoque rgulador para manter um preço minimo, dentro do mercado, comprando ou vendendo para regular os preços de uma cesta de grãos, tambem não. Isso já virou foi desordem social, pois a constituição garante direito de propriedade, mas para nosso atual governo isoo só ocorre se não interssar aos "MOVIMENTOS SOCIAIS!!!!!" ESPANTOSO ESSE NOSSO BRASIL!!!!!!!!

Paulo Cesar Bassan Goncalves

São José do Rio Preto - São Paulo - Produção de gado de corte
postado em 21/08/2009

Apenas duas questões a este respeito. O produtor rural vai participar da elaboração destes índices ou virá de cima para baixo de forma facista? Quem vai comprar aquilo que o Sr Cassel quer que seja produzido, o governo?

Bruno Moura Monteiro

São Paulo - São Paulo - Pesquisa/ensino
postado em 24/08/2009

"Terra tem que cumprir função social - isso está na Constituição. Terra tem que servir para produzir alimentos, é isso que o índice de produtividade determina. Esse índice não vinha sendo reajustado desde 1980", disse Cassel.

... a reforma está vindo aí... mas se a terra é pra alimentos, e o alcool? A cana?

Abraço.

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