Atualmente o couro de ovinos e caprinos detém uma fatia que varia de 15% a 20% do mercado, sendo que praticamente toda a produção de wet blue se concentra nos estados do Nordeste e é voltada para o mercado interno.
Com a redução da alíquota, o Sindifranca estima que no prazo de seis meses a dois anos as indústrias ampliarão a demanda pelo produto em até três vezes, elevando a participação da matéria-prima na utilização de calçados para 50%. "O couro ovino e caprino é um couro nobre e, ao chegar mais barato aos produtores, certamente beneficiará o setor como um todo", afirmou Donadelli.
Segundo reportagem de Priscila Machado, do Diário do Comércio e Indústria/SP, o setor já havia sido desonerado da importação de peles de caprinos e ovinos, mas em 2005 o item foi retirado da Lista de Exceção à Tarifa Externa Comum do Mercosul (TEC) para a entrada dos calçados.
"A desoneração facilitaria muito o abastecimento do mercado interno, pois a pele é um produto muito heterogêneo e temos de ir atrás de mercados exportadores que tenham produtos que se adaptem à necessidade do setor calçadista", considerou o presidente do Curtume Campelo, Ronaldo Campelo.
Hoje a produção interna não atende à demanda das empresas de processamento. Segundo o CICB, a capacidade de produção dessas peles é de 12 milhões de unidades por ano, enquanto a oferta de matéria-prima é de 7 milhões de unidades por ano.
Também foi encaminhado ao Ministério da Fazenda um pedido que envolve a inclusão do setor couro nos benefícios do Revitaliza, programa que irá conceder linhas especiais de financiamento a capital de giro, investimento e exportação a empresas com faturamento bruto anual de até R$ 300 milhões.
Normann Kalmus
Campo Grande - Mato Grosso do Sul - Produção de ovinos
postado em 02/08/2007
Se a projeção é correta, não seria o caso de organizar a produção nacional para assumir esse mercado?
Eu não tenho nada contra a importação em si mas já é passado o momento de o produtor nacional tomar espaço nesse mercado que tem crescido muito e cujas projeções são as mais otimistas.
O SINDIFRANCA deveria, em tese, ter ainda mais interesse em garantir fornecimento local em iguais condições de preço e qualidade.