O debate sobre os índices começou com a rejeição de emendas apresentadas pela senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) ao projeto de lei relatado pela senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), e adversária pública do MST, que pressiona o governo pela revisão dos índices de produtividade.
A discussão sobre os índices começou na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, que rejeitou duas emendas alterando a definição de propriedade produtiva aprovada no texto substitutivo de Kátia Abreu. O texto substitutivo prioriza a renda da propriedade no cálculo do índice de produtividade. Uma das principais divergências é sobre o papel do Congresso na definição dos índices: Kátia Abreu pressiona para que os parlamentares sejam os responsáveis pela definição e o PT quer que o governo, mais especificamente o Incra, seja o responsável.
Uma das principais alterações do texto aprovado pela CRA é a exclusão do critério do grau do uso da terra na determinação dos índices de produtividade. Quando o texto foi aprovado em primeiro turno na comissão, em junho, Kátia Abreu considerou retrógrada a exigência desse critério simultaneamente ao de eficiência, que foi mantido na lei.
De acordo com o texto aprovado, acabará a exigência do produtor rural cumprir, simultaneamente, os índices de 80% do Grau de Utilização da Terra (GUT), e de 100% do Grau de Eficiência de Exploração (GEE). Pela lei atual, o produtor deve atender ao GUT e ao GEE ao mesmo tempo para que sua propriedade não seja considerada improdutiva e passível de desapropriação para fins de reforma agrária. Desta forma, comparando duas propriedades rurais, se uma fazenda apresentar GUT inferior a 80%, mesmo com produtividade superior a outra, será considerada improdutiva por não cumprir um dos requisitos.
A reportagem é de Cristiane Agostine, para o jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.
Paulo Luís Gonçalves Campelo
Belo Horizonte - Minas Gerais - Consultoria/extensão rural
postado em 07/10/2009
É o Governo dos corrupatos maquinando manobras mirabolantes para legalizarem as absurdas desapropriações de terras produtivas. E o que mais me preocupa é que todos estamos permanecendo inertes, não podemos permitir esse absurdo, isso é mais um golpe baixo desse governo imoral, vamos dar o troco nas urnas no ano que vem, estamos em silêncio, mas estamos de olho.