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Índice de produtividade gera divergências no Senado

postado em 07/10/2009

2 comentários
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No debate ocorrido ontem (06), sobre a revisão dos índices de produtividade agropecuários usados no processo de reforma agrária, foram muitas as divergências sobre submeter ou não os novos índices do campo ao Congresso. O foco do debate desviou-se para a invasão de laranjais paulistas pelo MST e resvalou em um novo pedido de CPI para investigar repasses de verbas federais ao movimento dos sem-terra. "Precisamos saber quem está financiando esta anarquia", disse Valter Pereira (PMDB-MS).

O debate sobre os índices começou com a rejeição de emendas apresentadas pela senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) ao projeto de lei relatado pela senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), e adversária pública do MST, que pressiona o governo pela revisão dos índices de produtividade.

A discussão sobre os índices começou na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, que rejeitou duas emendas alterando a definição de propriedade produtiva aprovada no texto substitutivo de Kátia Abreu. O texto substitutivo prioriza a renda da propriedade no cálculo do índice de produtividade. Uma das principais divergências é sobre o papel do Congresso na definição dos índices: Kátia Abreu pressiona para que os parlamentares sejam os responsáveis pela definição e o PT quer que o governo, mais especificamente o Incra, seja o responsável.

Uma das principais alterações do texto aprovado pela CRA é a exclusão do critério do grau do uso da terra na determinação dos índices de produtividade. Quando o texto foi aprovado em primeiro turno na comissão, em junho, Kátia Abreu considerou retrógrada a exigência desse critério simultaneamente ao de eficiência, que foi mantido na lei.

De acordo com o texto aprovado, acabará a exigência do produtor rural cumprir, simultaneamente, os índices de 80% do Grau de Utilização da Terra (GUT), e de 100% do Grau de Eficiência de Exploração (GEE). Pela lei atual, o produtor deve atender ao GUT e ao GEE ao mesmo tempo para que sua propriedade não seja considerada improdutiva e passível de desapropriação para fins de reforma agrária. Desta forma, comparando duas propriedades rurais, se uma fazenda apresentar GUT inferior a 80%, mesmo com produtividade superior a outra, será considerada improdutiva por não cumprir um dos requisitos.

A reportagem é de Cristiane Agostine, para o jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.

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Comentários

Paulo Luís Gonçalves Campelo

Belo Horizonte - Minas Gerais - Consultoria/extensão rural
postado em 07/10/2009

É o Governo dos corrupatos maquinando manobras mirabolantes para legalizarem as absurdas desapropriações de terras produtivas. E o que mais me preocupa é que todos estamos permanecendo inertes, não podemos permitir esse absurdo, isso é mais um golpe baixo desse governo imoral, vamos dar o troco nas urnas no ano que vem, estamos em silêncio, mas estamos de olho.

Adimar Leonel Souto

São Francisco de Sales - Minas Gerais - Produção de gado de corte
postado em 08/10/2009

Srs e Sras, autoridades responsáveis pelas leis em nosso País, voces tem uma responsabilidade muito grande em relação a este assunto, pois o que vemos é uma disposição muito grande por parte dos considerados "sem terras", dos políticos que sobrevivem de desagregação e de muitas pessoas que utilizam dos movimentos para se projetarem visando interesses particulares. Não sou contra a distribuição de terras para quem realmente quer a terra para produzir e gerar divisas atraves de seu trabalho, porém o que percebemos hoje, que muitas vezes os interesses são outros e a terra é apenas uma desculpa. Cuidado para não prejudicarem os verdadeiros donos das terras os quais as adquiriram a duras penas, privando-se de todo e qualquer tipo de mordomia para possuir seu pedaço de terra, e que hoje às vezes em função de tantas adversidades como: falta de crédito compatível com a atividade, distorções nos custos de produção x vendas muitas vezes gerando prejuizos, falta de um seguro que realmente proteja o produtor com custo acessível etc, não conseguem atingir a produtividade determinada por pessoas que operam dentro de um escritório e muitas vezes nunca sujou o sapato na terra molhada.

Nós produtores e pessoas que amamos o campo contamos com vocês no sentido de legislar com justiça, sem nunca esquecer que mesmo os produtores que se tornaram improdutivos adquiriram suas terras por compra, e nada mais justo que se o governo precise delas seja reembolsados o preço justo.

Um bom dia a todos...
Adimar Leonel Souto, diretor comercial da Coopertril.

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