A bancada ruralista pressiona o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a desistir do reajuste dos índices. Lula prometeu a medida aos movimentos sociais, mas tem deixado a decisão final em suspenso para retaliar invasões do MST. Em desvantagem no governo, Stephanes usa como pretexto a necessidade de utilizar os dados mais recentes do Censo Agropecuário 2006, a análise do tema por outros órgãos do setor e a indispensável reunião do Conselho Nacional de Política Agrícola (CNPA) para aprovar os novos índices. De outro lado, o PT divulgou nota de apoio e o ministro Cassel insiste na revisão.
A subprocuradora-geral da República, Gilda Pereira de Carvalho, recomenda a edição da portaria a partir de estudos de equipe composta por especialistas das duas pastas.
O MPF afirma que os atuais índices foram fixados em 1975 e relembra que a Constituição exige o cumprimento "simultâneo" de critérios e graus de utilização da terra (GUT) e de eficiência da exploração (GEE). "A atualização é necessária para que os novos índices incorporem os ganhos de produtividade observados nas culturas e na pecuária desde 1975", diz a recomendação. A bancada ruralista já aprovou projetos para retirar exigências simultâneas e submeter novas revisões ao Congresso. O MPF já havia enviado outros ofícios alertando o governo da necessidade de reajustar os parâmetros de rendimento de lavouras e da pecuária para fins de reforma agrária.
Em resposta ao novo ofício do MPF, Cassel informou já ter firmado a portaria interministerial, dependendo apenas da decisão de Stephanes. "Por fim, mais uma vez, manifesto concordância com os termos do estudo e com a atualização dos índices de rendimento de produtos vegetais e para a pecuária", diz Cassel. Em recesso de fim de ano, o ministro Stephanes não foi localizado pela reportagem para comentar a recomendação do MPF.
A matéria é de Mauro Zanatta, publicada no Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
Paulo Cesar Bassan Goncalves
São José do Rio Preto - São Paulo - Produção de gado de corte
postado em 26/12/2009
Impossível entender à luz da razão critérios de produtividade para apenas um setor da economia de um pais capitalista e que usa os critérios da livre iniciativa como balizadores da economia. Somente seria possível entender tais medidas em um país onde a terra fosse dada pelo estado ao produtor, houvesse falta de comida, a produção fosse 100% subsidiada, houvesse concentração de terras de forma desigual na sociedade e a soberania nacional estivesse sob ameaça.
Se os critérios de produtividade devem ser discutidos eu proponho que discutamos sua extinção. Nada mais lógico, sensato e adequado para o atual momento evolutivo da sociedade brasileira do que a extinção dos critérios de produtividade.
Abaixo os critérios de produtividade, pela liberdade na produção e preservação dos direitos humanos. Chega de ditadura!