A indústria vai iniciar os trabalhos com a cota de 700 litros de leite retirados diariamente de animais de seu próprio criatório. Segundo avaliação de Aurora Gouveia, isso significa a oportunidade para o fornecimento do leite de ovelhas dos agricultores familiares estabelecidos nas áreas próximas a fim de completar a demanda da empresa.
Aurora, que também preside a Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos de Minas Gerais (Accomig), acrescenta que a entidade vai propor um trabalho em parceria com a Emater-MG para organizar a produção familiar com o objetivo de atender ao novo laticínio. Ela diz que a participação dos pequenos produtores – ainda que os volumes de leite entregues individualmente sejam pequenos – pode garantir aos estabelecimentos uma receita adicional o ano inteiro.
A coordenadora considera que o trabalho de extensão por conta da Emater-MG (vinculada à Seapa), com a participação da Accomig, será de fundamental importância para a formação e integração de diversos criatórios de agricultura familiar do Sul de Minas para atender ao projeto de São Lourenço. “Neste caso, além de facilitar para os agricultores a colocação do leite, será possível organizar também o comércio de cordeiros para garantir aumento de renda para os estabelecimentos”, finaliza.
Melhoria da qualidade
Para o subsecretário de Agricultura Familiar da Seapa, Edmar Gadelha, a existência de uma empresa para industrializar o leite de ovelha com inspeção federal, em São Lourenço, representa a possibilidade de fortalecimento de um segmento da agricultura agricultura familiar. “Principalmente os criatórios de ovinos localizados no município e áreas mais próximas do latícinio”, assinala.
Gadelha também diz que, para garantir o bom desempenho dos produtores no atendimento à indústria, além da assistência da Emater será importante buscar a parceria da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), este responsável por ações de sanidade animal e vegetal no ânmbito estadual.
“Ante a possibilidade de obter mais receita atendendo a uma produção de valor agregado – queijos finos – os agricultores familiares serão estimulados a elevar a qualidade de seus rebanhos, sendo o apoio dessas instituições públicas de fundamental importância”, enfatiza Gadelha.
A matéria é da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Assessoria de Comunicação Social, adaptada pela Equipe FarmPoint.
*créditos da foto de destaque para Casa da Ovelha.
Volney Silveira de Avila
Lages - Santa Catarina - Produção de ovinos
postado em 23/04/2013
Este sem dúvidas é um excelente trabalho e que a Epagri em Santa Catarina, também vem desenvolvendo na Estação Experimental de Lages ações de pesquisa na produção de leite ovina. O modelo que o Grupo Cabanha Vita pretendende adotar é importante pois fortalece e viabiliza a atividade em propriedades vizinhas a unidade, pois um dos grandes gargalos desta atividade é a questão de logistica. Propriedades pequenas com rebanhos reduzidos distantes da indústria, baixo volume de leite, impossibilitam a atividade pelo custo do frete para coleta da produção. Parabéns e sucesso pois é uma atividade promissora e fortalece especialmente as pequenas propriedades.