Fechar
Receba nossa newsletter

É só se cadastrar! Você recebe em primeira mão os links para todo o conteúdo publicado, além de outras novidades, diretamente em seu e-mail. E é de graça.

Minc quer alterar proposta de redução da emissão de GEE

postado em 28/10/2009

Comente!!!
Aumentar tamanho do texto Diminuir tamanho do texto Imprimir conteúdo da página

 

O ministro do Meio Ambiente Carlos Minc irá apresentar na próxima terça-feira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a proposta de redução de emissões brasileiras para ser levada à Conferência do Clima de Copenhague, em dezembro. Se aprovada conforme a arquitetura feita no MMA, o Brasil pode ser o primeiro país em desenvolvimento a ter uma proposta de realmente cortar emissões em 2020 e não apenas reduzir sua curva de crescimento das emissões.

Em 2020 a emissão de gases-estufa do Brasil, na previsão do MMA, estaria em 2,7 bilhões de toneladas de CO2, mas ela ficaria em 1,7 bilhão, com a meta sugerida. Este volume é próximo às emissões de 1994, de 1,5 bilhão de toneladas. Segundo Minc, esta meta é mais avançada que a que vinha sendo discutida porque a anterior estabelecia para 2020 o mesmo nível de emissões que em 2005 - quando foram emitidas 2,2 bilhões de toneladas.

Para alcançar esta meta, o plano é reduzir em 20% as emissões produzidas pelo desmatamento da Amazônia, outros 10% com a redução no Cerrado, 3% nos centros urbanos e outros 7% com práticas agrícolas sugeridas pela Embrapa, segundo explicações dadas pelo ministro, ontem, em Brasília. A recomendação é combinar lavoura e pecuária numa mesma área de 11 milhões de hectares, recuperar 10% das áreas degradadas e adotar plantio direto para evitar o uso de defensivos agrícolas.

"São metas ousadas. Enquanto a Índia está dizendo que vai triplicar suas emissões e a China provavelmente irá dobrar as suas, o Brasil oferece reduzir 40% de suas emissões até 2020. O Brasil pode servir de ponte entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento na Conferência", disse Minc. O ministro mostrou dúvidas quanto ao sucesso da Conferência de Copenhague. "A ameaça de fracasso é real principalmente porque os países ricos não dizem quais são as suas metas de cortes de emissões", prosseguiu.

Na opinião de Marina Silva (PV-AC), ex-ministra do Meio Ambiente do governo Luiz Inácio Lula da Silva e pré-candidata à corrida presidencial de 2010, "é tímida a base da proposta que o Brasil deve levar para a conferência do clima de Copenhague, em dezembro".

"Não podemos nos limitar à redução das emissões apenas pela redução do desmatamento", disse ela ontem à tarde, em Washington, em encontro com jornalistas brasileiros, respondendo a uma pergunta da Folha. "Deve-se ter uma meta global, que seja para o desmatamento, para energia e para agricultura, para todos os setores."

Para a senadora, no entanto, há condições objetivas para chegar à meta global, mas esta ainda precisa ser definida. "Hoje, o grande desafio para o Ministério do Meio Ambiente é poder chegarmos a Copenhague com uma meta global, não apenas por desmatamento", disse Marina, que está em Washington a convite do Brazil Institute do Wilson Center para debater a preparação para a reunião de dezembro.

A senadora concordou que há uma reação comandada pelo chamado "grupo desenvolvimentista" do governo brasileiro, que defende que aparas ambientais podem diminuir o ritmo de crescimento econômico brasileiro num momento em que o país não pode abrir mão dele. "Obviamente, há uma visão mais refratária a essa ideia de uma meta global, mas ela encontra apoio forte na opinião pública nacional", disse ela.

"O desafio no Brasil será integrar as duas coisas, ambiente e desenvolvimento", disse. Para isso, defende ela, será preciso mudar a forma de consumir e produzir. "Um compromisso de longo prazo tem de ser assumido por diferentes governos, quem não fizer isso está sendo contrário aos interesses do país e lá na frente vai pagar caríssimo, porque o carbono vai passar a ser precificado".

As informações são do Valor Econômico e da Folha de S. Paulo, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.

Avalie esse conteúdo: (e seja o primeiro a avaliar!)

Envie seu comentário:

3000 caracteres restantes


Enviar comentário
Todos os comentários são moderados pela equipe FarmPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

Quer receber os próximos comentários desse artigo em seu e-mail?

Receber os próximos comentários em meu e-mail

Copyright © 2000 - 2024 AgriPoint - Serviços de Informação para o Agronegócio. - Todos os direitos reservados

O conteúdo deste site não pode ser copiado, reproduzido ou transmitido sem o consentimento expresso da AgriPoint.

Consulte nossa Política de privacidade