O triunfo anunciado pelo ministro veio na sequência de um processo de enquadramento político, em que Lula não permitiu, por exemplo, recuo no licenciamento da BR-319 - rodovia que corta um pedaço da Amazônia. Antes da conversa com o presidente, o ministro participou de dois eventos em que manteve críticas aos ruralistas e à presidente da Confederação Nacional da Agricultura e da Pecuária (CNA), senadora Kátia Abreu (DEM-TO).
"Aqui, no Parlamento, pediram meu pescoço, mas, pelo que me consta, ele ainda está no lugar e, provavelmente, vai ficar até o fim do governo Lula", afirmou Minc. "Não vamos deixar essa turminha destruir nossos biomas", acrescentou, referindo-se aos ruralistas. "Podem ameaçar, mas não vão transformar nossos biomas em latifúndios, em monocultura."
Minc relatou que, o presidente apenas pediu que as "contradições" fossem discutidas no âmbito interno do governo. "Eu concordei com ele. O presidente disse que é mais adequado que algumas contradições, aquelas que não têm consenso, sejam arbitradas por ele."
O ministro disse que não se recusa a negociar com Kátia Abreu, usando o seguinte argumento: "Fiz acordo com (os ruralistas) da soja, da cana e com o governador Blairo Maggi. Por que não posso fazer com a senadora Kátia Abreu, que é muito mais bonita, muito mais simpática e muito mais articulada?"
Em entrevista coletiva no aeroporto de Curitiba nesta quinta-feira (4), a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, disse não se importar com pedido de desculpas do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Na semana passada, o ministro, numa manifestação da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), se dirigiu aos produtores rurais como vigaristas. A senadora lembrou que a CNA nunca se dirigiu aos ambientalistas com termos como os que Minc usou.
Segundo ela, o ministro Carlos Minc recuou no seu discurso contra os produtores rurais quando a senadora denunciou Minc na tribuna do Senado e teve o apoio de outros vinte senadores, que apoiam a causa dos agricultores.
As informações são do jornal Estado de SP e da Assessoria de Comunicação da FAEP, resumidas e adaptadas pela equipe AgriPoint.
edmilson bergamini
Fernandópolis - São Paulo - Produção de gado de corte
postado em 05/06/2009
Como a propria materia diz, o governo Lula está no seu final e nós produtores rurais estaremos livres desta ameaça. Esse Carlinhos vive em uma época que não é a sua, seria melhor que estive no imperio romano ou de gengis khan. Somente uma pessoa com percepção, liderança e muito bom senso poderá resolver a questão ambiental neste País. É esperar para ver.....e talvez pagar caro.....