De acordo com o coordenador do projeto, Sebastião Guido, os caprinos nascidos em fevereiro, são os primeiros a serem gerados no Instituto através da biotécnica de transferência de embriões. "Os animais possuem elevada capacidade produtiva de leite e carne", esclarece o pesquisador. Para março, está prevista o nascimento de outros oito animais.
A pesquisa visa acelerar o melhoramento genético do rebanho do IPA e do Estado, além de gerar caprinos com valor zootécnico agregado. "A nossa idéia é que esses animais possam chegar ao homem do campo", ressalta Guido. Dessa forma, em virtude da produção mista dos animais, o agricultor, dependendo do seu interesse, pode escolher por um padrão que seja mais indicado para produção de carne ou de leite.
Os ruminantes foram gerados a partir de pesquisas realizadas em Protocolos Hormonais Curtos, que tentam diminuir o tempo de coleta de embriões. Segundo Guido é possível reduzir, por exemplo, a coleta dos embriões de 60 para 30 dias. "O mais interessante é que isso não causa danos para o animal", conclui o pesquisador. Após a coleta, o embrião gerado pelo animal de linhagem pura é transferido para outro, agora mestiço. Funcionando como uma "barriga de aluguel", o mestiço permite ao animal de padrão racial produzir novos embriões, sem entrar em gestação.
As informações são do InvestNE, adaptadas e resumidas pela Equipe FarmPoint.
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