Dirigentes da Federação Agrária Argentina (FAA) recorreram à zona de desastre e começaram a realizar um censo em diferentes províncias para obter ajuda por parte dos produtores que tenham capacidade em seus campos para receber as ovelhas que correm risco de mortandade.
"Estamos fazendo um registro a nível nacional para saber se existem produtores que possam receber as ovelhas e quando os campos forem renovados, as devolvam", disse o diretor da Comissão Ovina da entidade, Ariel Toselli. "É uma ajuda que podemos obter de La Pampa, Buenos Aires, Córdoba ou Mendoza, porque é alta a quantidade de cabeças que podem chegar a morrer se não resolver o problema", explicou ele, dizendo que "em porcentagens concretas, "é quase 20% da produção nacional que está em risco de mortandade".
Com essa iniciativa, segundo dados do ministro da Produção de La Pampa, Abelardo Ferrán, cerca de 5.000 ovelhas serão transferidas à província vindas da Patagônia para preservá-las da situação de emergência provocada pelas cinzas do vulcão. As ovelhas serão entregues aos produtores locais e, depois, os benefícios obtidos pela lã ou carne serão repartidos com os proprietários dos animais.
"A situação dos produtores é muito complicada, porque é a única produção que têm", disse Toselli, que explicou que "os animais têm três quilos de cinzas sobre o lombo e se isso chegar a se somar com alguma nevada, vai haver uma mortandade muito grande". Ele disse que não há um número exato das perdas, mas que há cerca de 1 milhão de cabeças que estão muito complicadas.
Ele disse também que estão trabalhando para ajudar os produtores junto com o Governo nacional. Este, tem dado assistência aos produtores e está levando fardos de pasto através de um trem para as propriedades. O trem Patagônico chegou na semana passada a Ingeniero Jacobacci e levou um pouco de alívio aos produtores dessa cidade, que há vários dias suportam os grandes prejuízos ocasionados pelas cinzas do vulcão chileno Puyehue. O trem levou mais de 9.000 fardos de pasto para alimentar os animais. Além disso, chegaram geradores de eletricidade para poder ter água potável nas vivendas e para não cortar as cadeias de frio dos alimentos.
A reportagem é do www.cadena3.com, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
Envie seu comentário: