"Há seis anos a agricultura brasileira não cresce. As safras oscilam conforme as condições climáticas e as tecnologias aplicadas, mas não houve nenhuma expansão de área representativa nesse período", disse Ramalho. Ele atribuiu a dificuldade em crescer às limitações impostas por decisões de caráter ambiental e à insegurança jurídica gerada por invasões de terras.
Segundo Ramalho, uma das grandes fraquezas do agronegócio em todo país - a dificuldade de ser ouvido pelas instâncias mais altas do Executivo - tende a ser, pelo menos em parte, superada a partir da gestão da presidente Dilma. Ele afirmou que o setor mantém um bom relacionamento Antonio Palocci, nome já indicado para assumir a Casa Civil. O vice-presidente Michel Temer também é considerado um importante elo entre o setor e a presidência da República.
"O agronegócio precisa ter um poder político semelhante a seu poder econômico. "Queremos que a presidente Dilma valorize o setor, o Ministério da Agricultura e nesse sentido foi importante o fato de ela ter mantido o Rossi no cargo", disse Ramalho.
Em encontro com Rossi, na semana passada, Ramalho elencou dois pontos mais críticos que precisam ganhar ênfase na gestão do ministro no próximo governo. O primeiro são as discussões relacionadas ao meio ambiente, entre as quais a necessidade de recompor as reservas, mesmo para propriedades que desmataram antes mesmo da lei. O segundo ponto envolve as questões relacionadas ao MST e ao índice de produtividade.
A reportagem é do jornal Valor Econômico, adaptada pela Equipe AgriPoint.
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