A Direção de Controlador de Semoventes (Dicose) divulgou recentemente os dados primários da Declaração Jurada correspondente ao exercício de 2008/09, que revelaram que - apesar da seca -, o rebanho bovino aumentou levemente em 0,6%. As más notícias foram do lado do rebanho ovino, que mostra quedas em todas as suas categorias e um nível de extração impossível de sustentar, com a parição esperada.
Atualmente, o rebanho ovino uruguaio é de 8.889.718 cabeças, 495.040 a menos que em 2008, o que equivale a uma redução de 5,27%. A queda foi verificada em todas as categorias. Há uma redução de 19% na porcentagem de cordeiros e de 13% na de capões - categoria que já vinha reduzindo - e há um pequeno aumento de pouco mais de 3% nas borregas dente de leite. No entanto, o dado mais chamativo é uma extração de 30%, composta por 1,95 milhão de cabeças enviadas ao abate, 1,312 milhão de animais a menos por mortandade e consumo, enquanto que as exportações em pé foram de 75.664 cabeças.
Para o vice-secretário do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca, Daniel Garín, essa taxa de extração de ovinos chama a atenção e representa um alerta para a sustentabilidade do negócio, à medida que continua a redução do rebanho total e aumenta os abates de animais. Embora ele não tenha mencionado diretamente a possibilidade de adotar medidas de regulamentação para os abates, o diretor de Serviços Pecuários, Francisco Muzio, foi mais explícito. Para ele, embora esses dados indiquem que há bons mercados para a carne ovina, "é necessário buscar uma regulamentação, porque os dados advertem que também caem o número de ovelhas e borregas a serem encarneiradas". Para Muzio, o mais preocupante ocorre no lado dos abates, já que as exportações de animais em pé estão na ordem de 75.000 cabeças, quando já chegou a superar 100.000 cabeças.
A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
cyro calovy filho
Alegrete - Rio Grande do Sul - Consultoria/extensão rural
postado em 18/11/2009
gostaria de saber dados atuais do rebanho ovino brasileiro, tenho dados com relaçao ao meu estado , o RS mas nao tenho do pais, excelente a reportagem e atraves destes resultados que poderemos ter uma ideia de como está a estrutura de toda a cadeia produtiva do ovino, sou agronomo e atuo há 09 anos no comercio de ovinos para abate na fronteira oeste do rs, em alegrete .