As exportações de carnes, miúdos e derivados do Uruguai em 2009 somaram US$ 1,219 bilhão, contra US$ 1,478 bilhão exportados no mesmo período do ano anterior, havendo uma queda de 17,49% em valor. A carne bovina representou 80% do total exportado, enquanto a participação da carne ovina foi de 7%.
Em valor, as exportações de carne ovina no período foram de US$ 81,390 milhões, 15% a mais que no ano anterior, quando foram exportados US$ 70,754 milhões. As divisas geradas pelos países da União Européia, Mercosul e Jordânia representam 68% do total exportado em dólares pelo Uruguai.
O número de cabeças abatidas nos estabelecimentos habilitados a nível nacional foi de 2.131.200. As ovelhas representaram 27% do total, os capões, 11% do total e os cordeiros 52% do total.
As informações são do INAC- El Instituto Nacional de Carnes, traduzidas e adaptadas pela Equipe FarmPoint.
Roberis Ribeiro da Silva
Salvador - Bahia - Consultoria/extensão rural
postado em 20/01/2010
Estou a todo momento lendo noticias da elevação das exportações do Uruguai. Entretanto é preciso saber o que está acontecendo nos bastidores desta cadeia no Uruguai. Então vejamos: me parece que os produtores não estão levando em conta nem o apelo do governo uruguaio para preservar os ventres em troca de US$ 10. Cada vez mais o rebanho uruguaio vem decrescendo ano após ano, alguns especialistas acreditam que o rebanho não ultrpassa hoje a 7 milhões de cabeças, sem falar nos gaúchos que compram animais vivo do Uruguai e abate no Rio Grande e vendem para o Centro-sul do Brasil. Há fontes que dizem que o rebanho do Rio Grande do Sul, hoje não ultrapassa os 3 milhões de cabeças. Uma ovelha no Uruguai já foi comercializada nos últimos três anos a US$ 0,40/kg vivo, hoje está em torno de US$ 0,80/kg vivo já o borrego circula em torno de US$ 1,80/kg vivo, reside aí o desinteresse na ovinocultura por parte dos produtores uruguaios, ainda mais agora que o uruguaio foi autorizado a exportar carne ovina com osso para os americanos e a União europeia salvo engano. Enfim, nos próximo 3 a 4 anos o Uruguai terá dificuldades na obtenção de matéria prima para processar e exportar. É hora do nordeste e o Brasil se organizar para atender uma lacuna que existirá no mercado, com produtos em qualidade e principalmente quantidade. Só quem poderá fornecer será medios e grandes produtores e pequenos se estiverem organizados em cooperativas de produção.