O texto também define como "infração à ordem econômica" o exercício "abusivo" de poder de mercado por fornecedores de insumos e compradores da produção. E estende aos produtores os direitos do atual Código de Defesa do Consumidor.
Relatora do tema, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) pediu cautela nas discussões. "Temos o maior interesse em aprovar o estatuto, mas não podemos ter um texto que piore a nossa situação. Por isso, temos que discutir profundamente essa matéria", disse a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA).
A proposta, em debate na Comissão de Agricultura, fixa em 30 dias o prazo para concessão de crédito rural pelos bancos e proíbe a "venda casada" de produtos bancários atrelados à concessão de crédito, como seguro rural e títulos de capitalização, por exemplo. Além disso, reafirma o direito do produtor ao preço mínimo, seguro rural e subsídios ao prêmio dessas apólices e torna gratuito o registro em cartório de contratos de parceria e arrendamento rural. Além disso, determina que toda comunidade rural deve ter ao menos um posto de saúde com enfermeiro e médico em período integral.
O senador Valadares defendeu o texto como forma de dar ao produtor a garantia de lucro, mas também fixar o dever de cumprir a função social da terra. "O estatuto protege o produtor. Com o estatuto, ele terá uma referência mais política e social para a sua atividade", disse. O senador Gilberto Göellner (DEM-MT) reivindicou "segurança jurídica" para investir na terra. "A forma como se produz hoje gera uma insegurança jurídica muito grande ao produtor", disse.
Os senadores da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) também aprovaram, em turno suplementar, o substitutivo elaborado pela senadora Kátia Abreu ao projeto da senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) que modifica parâmetros, índices e indicadores de produtividade dos estabelecimentos rurais.
Com informações do jornal Valor Econômico e Agência Senado, adaptadas pela Equipe AgriPoint.
Vicente Romulo Carvalho
Lavras - Minas Gerais - Trader
postado em 06/08/2009
Será que haverá audiências públicas e/ou abertura para encaminhamentos de sugestões, por parte dos produtores e demais elos da cadeia. Em isto acontecendo, a exemplo do que aconteceu à época da elaboração da Constituição de 1988, surgirão várias sugestões, que podem ajudar em muito, na elaboração do nosso futuro e necessário estatuto. O MILKPOINT, poderia buscar abrir este canal.Abraços.