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A produção de carne de cordeiro da Nova Zelândia caiu 6%, para 379.912 toneladas, no ano fiscal de 2009/10, e os abates caíram 7%, para 21,5 milhões de cabeças, durante o mesmo período, segundo dados do Statistics New Zealand. Com o rebanho ovino da Nova Zelândia caindo durante os últimos anos e a última pesquisa anual do rebanho feita pelo Beef + Lamb New Zealand indicando uma estabilização do rebanho até 30 de junho de 2010, a redução nos abates pode ser uma indicação das intenções dos produtores de reconstruir os rebanhos.

Este artigo faz parte do Estudo de Mercado Externo de Produtos e Derivados da Ovinocaprinocultura da editora Méritos. Este trabalho foi viabilizado pela Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) do Sistema Agroindustrial, cuja gestão cabe ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC. O FarmPoint está publicando trechos deste trabalho começando pelo seguinte capítulo: Perfil dos Países Exportadores, e a segunda análise publicada é sobre a Austrália. A Austrália tem características diferentes em relação à Nova Zelândia, mas também é exportador importante de carne bovina, carne ovina e de lã, além de ser o principal exportador de carne caprina, apesar de seu rebanho desta espécie não ser grande. É uma característica fundamental da Austrália a existência de extensas áreas áridas e semiáridas. A lã tem importância crucial para o país, que é responsável por 30% da produção mundial e têm sua qualidade de fibra reconhecida pela indústria em todos os países.

A China importou 10% menos carne ovina durante o ano fiscal de 2009/10 com relação ao volume recorde registrado no ano passado de 54.568 toneladas, de acordo com o China Customs Bureau. As menores ofertas de ovinos da Austrália e da Nova Zelândia, os preços recordes e o alto dólar australiano e neozelandês contribuíram para as menores importações chinesas.

A produção de carne de cordeiro da Austrália em 2009-10 caiu 1% com relação ao ano anterior, para 419.614 toneladas. De acordo com os dados do Australian Bureau of Statistics, o aumento parcial nos pesos médios das carcaças compensou a queda nos abates.

As exportações de carne de cordeiro da Nova Zelândia em julho caíram 24% com relação ao ano anterior, para 18.066 toneladas - o menor valor mensal total desde outubro de 2009. Depois de um aumento nas exportações durante os meses de março e abril, os volumes em junho e julho caíram significantemente, levando as exportações nos primeiros sete meses de 2010 para 211.273 toneladas - apenas 1% acima do mesmo período de 2009, de acordo com dados do New Zealand Meat Board.

O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, sigla em inglês) do trimestre de abril a junho feito pelo Australian Bureau of Statistics revelou um aumento de 3,1% nos preços para o ano fiscal de 2009-10. Os preços da carne de cordeiro no ano que terminou em junho de 2010 ficaram em média 5% acima dos preços do ano anterior, em A$ 14,08 (US$ 12,72) por quilo. As menores ofertas de cordeiros, a forte demanda internacional e um mercado de reabastecimento ativo combinados levaram os preços dos cordeiros a novos picos em 2009-10.

Este artigo faz parte do Estudo de Mercado Externo de Produtos e Derivados da Ovinocaprinocultura da editora Méritos. Este trabalho foi viabilizado pela Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) do Sistema Agroindustrial, cuja gestão cabe ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC. O FarmPoint publicará trechos deste trabalho começando pelo seguinte capítulo: Perfil dos Países Exportadores e a primeira análise publicada será sobre a Nova Zelândia. Apesar de sua pequena extensão territorial, a Nova Zelândia exporta diversos produtos de origem animal. A busca incessante pela competitividade pecuária faz com que o país supere os obstáculos referentes ao clima, ao relevo e à localização e seja um competidor importante quando se fala de carne ovina e bovina, leite e lã.

As exportações australianas de carne de carneiro em 2009-10 caíram 24% com relação ao ano anterior, para 110.934 toneladas, devido a grande queda na produção, de acordo com dados do Departamento de Agricultura, Silvicultura e Pesca. Como o total de exportações caiu, houve redistribuição entre os mercados, com os altos preços afetando as decisões de compras dos consumidores.

As exportações de carne de cordeiro da Austrália durante o ano fiscal de 2009-10 (julho de 2009 a junho de 2010) atingiram 156.971 toneladas - 1% a mais que no ano anterior (155.824 toneladas) e 2% a mais do que a média dos últimos cinco anos (153.780 toneladas). A forte demanda de exportação, apoiada pela menor oferta global de carne de cordeiro, foi mais do que suficiente para combater o alto dólar australiano, que ficou em média 17% acima do valor de 2008-09 (US$ 0,88) e os preços afetados pela menor oferta.

A demanda mundial por carne ovina está aumentando de forma estável, junto com a demanda por carne caprina. Essas são boas noticias para os produtores de carne de cordeiro da Austrália e da Nova Zelândia, onde a produção está caindo, mas os preços estão aumentando. O gerente regional europeu do Meat and Livestock Australia (MLA), David Jones, delineou o estado dos mercados de carne ovina e caprina no mundo durante a apresentação no evento comercial internacional de carnes IFFA, realizado em Frankfurt na Alemanha e destacou que o Brasil pode ser incluído como um potencial produtor de carne ovina.

Preços historicamente altos para a carne de cordeiro australiana deverão continuar em 2010-11 a medida que os produtores buscam aumentar as futuras safras de cordeiros reconstruindo seus rebanhos de ovelhas de cria. Os preços médios recentemente atingiram recordes, fato que estimula os produtores nessa estação a reter cordeiros extras e construir seus estoques de cria, de acordo com o último relatório de commodities da Agência Australiana de Agricultura e Recursos Econômicos (Australian Bureau of Agricultural and Resource Economics - ABARE).

A indústria de cordeiros da Austrália deverá se beneficiar do novo acordo de troca de informações genéticas de ovinos com os Estados Unidos. A Associação Nacional de Melhoramento de Ovinos dos Estados Unidos (NSIP, sigla em inglês) assinou um acordo com o Meat and Livestock Australia (MLA) para ter acesso ao serviço de avaliação genética de ovinos LAMBPLAN e também trabalhar de forma colaborativa em projetos de pesquisa e desenvolvimento.

A Nova Zelândia exportou 33.996 toneladas de carne de cordeiro em maio de 2010, volume similar ao exportado no mesmo mês do ano anterior, de acordo com dados do New Zealand Meat Board.

A produção de carne de cordeiro da Austrália deverá aumentar 2% em 2010, mas isso será obtido com mais quilos de carne oriundos de menos cordeiros. A analista do setor de carne ovina do Meat and Livestock Australia (MLA), Kara Tighe, ainda está prevendo níveis recordes de produção apesar das taxas de abate do país no primeiro trimestre do ano ter caído 13% com relação ao mesmo período do ano anterior.

O setor de carne ovina da Nova Zelândia está esperando replicar na União Europeia (UE) o sucesso obtido no Reino Unido. O Meat & Wool New Zealand (MWNZ) quer usar a forte base de clientes da carne de cordeiro neozelandesa do Reino Unido como uma plataforma de lançamento para outros mercados.

Esse texto faz parte do livro "Carne ovina, turismo e gastronomia - a culinária sul-matogrossense de origem pantaneira, sírio-libanesa, gaúcha e nordestina", da editora Méritos. O objetivo principal desta obra é analisar a potencialidade da carne ovina como produto complementar ao turismo em Mato Grosso do Sul, trazendo informações que demonstrem que a carne ovina pode ser considerada produto típico do estado. Os autores cederam a publicação do livro no FarmPoint, que será resumido e disponibilizado por partes.

O Meat and Livestock Australia (MLA) recentemente lançou um importante programa de comunicação conhecido como Red Meat Green Facts (Fatos Verdes sobre Carnes Vermelhas), que inclui uma campanha publicitária impressa em jornais metropolitanos, um novo site voltado aos consumidores, atividades em mídias sociais e uma campanha de relações públicas. A campanha tem dois objetivos principais, de acordo com o diretor gerente do MLA, David Palmer: posicionar positivamente a indústria como boa em termos ambientais para a comunidade urbana e defender a indústria contra comentários negativos sobre a carne vermelha.

O valor das exportações de carne de cordeiro da Austrália durante o primeiro trimestre de 2010 caiu 26% com relação ao mesmo período do ano anterior, para A$ 195 milhões (US$ 162,31 milhões). A redução ocorreu principalmente devido à queda na oferta de carne de cordeiro australiana e ao alto dólar australiano, que ficou em média 36% maior do que no ano anterior.

As exportações de carne de cordeiro da Nova Zelândia durante abril aumentaram 26% com relação ao ano anterior, para 38.109 toneladas, levando a um aumento de 8% nos primeiros quatro meses do ano com relação ao ano anterior, para 136.944 toneladas, de acordo com dados do New Zealand Board. A maior produção de carne de cordeiro, comparada com a do ano anterior, apoiou o aumento das exportações.

Na Alemanha por exemplo, o segundo maior mercado europeu para a carne de cordeiro da Nova Zelândia depois do Reino Unido, as promoções em estandes de degustação, conjuntamente financiadas por importadores e exportadores, estão sendo muito bem sucedidas. De acordo com Nick Beeby, representante do Meat & Wool New Zealand, "a degustação dos produtos fez com que as vendas aumentassem 300%". Os consumidores gostam de experimentar e isso é um estímulo muito forte para que eles comprem os produtos".

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