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Os preços agrícolas globais deverão ter forte retração neste ano, uma vez que produtores em todo o mundo estão expandindo produção, trazendo estabilidade de volta aos mercados e reduzindo os temores com a inflação dos alimentos, previu o governo norte-americano.

O Brasil deverá responder por mais de 65% do aumento do comércio global de soja até o fim da próxima década e isolar-se como maior exportador mundial da commodity. Essa é uma das sinalizações de um relatório divulgado nessa semana pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), com projeções sobre o setor para os próximos dez anos.

Negociadores da Agência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) já chegaram a termos importantes para um acordo sobre o texto de código de conduta capaz de regular investimentos estrangeiros em terras agrícolas. A adesão dos países ao acordo será voluntária.

O valor das exportações de carne de cordeiro da Austrália passou de A$ 1 bilhão (US$ 1,07 bilhão) pela primeira vez em 2011, terminando o ano no valor de A$ 1,1 bilhão (US$ 1,17 bilhão FOB) - 12% a mais que no ano anterior, de acordo com dados do Australian Bureau of Statistics. Embora o volume de carne de cordeiro exportado pela Austrália tenha aumentado 3%, os preços historicamente altos registrados durante o ano foram parcialmente repassados aos mercados de exportação, com o valor unitário das exportações de carne de cordeiro (A$/tonelada) ficando maiores do que em 2010.

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e multinacionais afirmam que os preços de commodities vão continuar elevados durante toda a década, exigindo de países importadores novas estratégias para enfrentar o desafio de alimentar sua população e do G-20 a implementação de decisões para frear a volatilidade nos mercados. "Viveremos uma década de preços altos", disse o brasileiro José Graziano, diretor da FAO.

Os criadores de ovinos-lã do Rio Grande do Sul, que suportaram uma crise de quase 30 anos de preços baixos do produto e desânimo geral no setor - o rebanho gaúcho chegou a cair de 13 milhões de cabeças para apenas 3 milhões neste período - estão satisfeitos. O quilo da lã, que caiu para menos de R$ 1,00, recuperou-se e, no ano passado, houve negócios de lã merina superfina a R$ 15,50 o quilo.

As exportações australianas de carne de cordeiro começaram o ano de 2012 fortes, com as vendas em janeiro sendo 11% maiores que no ano anterior, em 10.479 toneladas, de acordo com dados do Departamento de Agricultura, Pesca e Silvicultura. Janeiro é tradicionalmente o mês mais fraco para as exportações australianas de carne de cordeiro e esse ano não foi exceção.

O governo deve fechar o projeto para impulsionar a negociação de derivativos de commodities até o início de 2013. A equipe econômica estuda constituir uma "Bolsa de Derivativos de Commodities" para impulsionar a negociação de contratos futuros de produtos básicos, aos moldes do que faz a Bolsa de Chicago (EUA), e a Bolsa de Zhengzhou (China). A presidente está preocupada com o desempenho das exportações de commodities, que sustentam o saldo comercial brasileiro há mais de dez anos - a tendência de queda nos preços, depois de anos em alta, deixa a equipe econômica em alerta.

Nos primeiros 20 dias de janeiro, o preço médio da tonelada de carne ovina baixou 10% e ficou em US$ 3.756, segundo dados estatísticos do Instituto Nacional de Carnes (INAC). A China surgiu como o principal comprador de carne ovina (medido em volume), segundo dados estatísticos do INAC. Os chineses compraram 227 toneladas do produtos - são os principais compradores de assados ovinos -, enquanto na mesma data do ano passado, tinham importado mais, porque chegaram a demandar 322 toneladas (as compras caíram 29,5%).

A 1ª Sondagem de Expectativas para o Agronegócio, divulgada ontem (30) pela Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), aponta otimismo do setor para o ano de 2012: 67% dos entrevistados acham que o ano será melhor do que 2011. A pesquisa foi feita há cerca de dez dias com uma amostra de 100 pessoas ligadas à cadeia do agronegócio, sendo 55% produtores, 25% consultores e 20% fornecedores de insumos e distribuidores.

As exportações de carne de cordeiro da Austrália ao Sudeste da Ásia e Grande China alcançaram um novo recorde em 2011, aumentando 15% com relação ao ano anterior, para 38.482 toneladas. Direcionando o crescimento das exportações para a região esteve envios recordes para a maioria dos mercados, incluindo China, Malásia, Cingapura, Taiwan, Indonésia e Tailândia, de acordo com dados do Departamento de Agricultura, Pesca e Silvicultura.

Os dados do final do ano da Comissão Europeia indicam que a Austrália usou 99% de sua cota de carne ovina para UE em 2011, segundo o European Market Survey. A Austrália exportou 19.025 toneladas no ano, de um volume possível de 19.186 toneladas da cota.

Os preços da lã estão sob pressão à medida que volumes maiores de lã neozelandesa chegam ao mercado durante o período de janeiro a março, de acordo com o gerente geral da PGG Wrightson Wool, Cedric Bayly.

O Brasil lidera a produtividade agrícola na América Latina e Caribe e apresenta índices de crescimento acima da média mundial, segundo estudo da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) de 2011. Pelo menos três fatores contribuem para esses resultados, incentivo à pesquisa, aumento das exportações e ampliação do crédito rural.

2011 foi um ano de um crescimento evidente nos gastos com carne, causados por preços atacadistas que aumentaram consideravelmente mais do que o esperado. O catalisador desses bem vindos aumentos nos preços foi uma combinação de surtos de doenças na Ásia, que causaram reduções na produção e aumentaram a demanda de importação. Esse foi um período em que a situação dos altos custos dos alimentos animais forçou o resto do mundo a ser extremamente conservador e cauteloso em seu planejamento de produção de carne.

Após um ano complicado em 2010, as exportações de carne de cordeiro da Nova Zelândia caíram novamente em 2011, dessa vez 11% com relação ao ano anterior, alcançando um total de 257.836 toneladas, de acordo com dados do New Zealand Meat Board. Essa tendência acompanha a queda na produção de carne de cordeiro do país, a menor em 50 anos, com o forte dólar neozelandês impedindo o potencial de exportação.

Antevemos que a agenda econômica do Agro em 2012 deverá estar concentrada em temas de grande implicação política e repercussão na mídia, além de questões de mercado associadas às incertezas trazidas pela crise nos países desenvolvidos. Por André Nassar (Diretor-geral do Icone e coordenador da Redeagro)

O aumento em 2011 ocorreu apesar da queda na produção de carne de cordeiro durante o período, à medida que a forte demanda externa, com a escassa oferta global (particularmente da Nova Zelândia) atraíram uma maior proporção de carne de cordeiro australiana.

Os preços da lã continuarão caindo, mas não terão um colapso como ocorreu com o algodão, já que os valores estão sendo apoiados por uma queda nos estoques da Austrália e pela redução no rebanho ovino neozelandês para seu menor número em 65 anos.

Após atingir resultados recordes em alguns de seus principais indicadores em 2011, o agronegócio brasileiro prepara-se para um ano "menos positivo". As rachaduras na economia do mundo desenvolvido e seus reflexos em países emergentes, na demanda global por alimentos e nos preços das commodities tendem a provocar a desaceleração do ritmo de crescimento do setor no país.

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