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O valor das exportações de carne de cordeiro da Austrália aumentou 33% com relação ao ano anterior durante o mês de agosto, para A$ 99 milhões (US$ 101,78 milhões). Isso faz com que o total durante os oito primeiros meses de 2011 alcance A$ 745 milhões (US$ 765,93 milhões), 18% a mais que no mesmo período de 2010, de acordo com dados do Australian Bureau of Statistics.

O valor das exportações de carne de cordeiro da Austrália aumentou 5% com relação ao ano anterior durante o primeiro trimestre de 2012, para A$ 249,3 milhões (US$ 245,64 milhões) FOB. Isso foi menor do que o aumento nos volumes de exportação (aumento de 21%, para 41.190 toneladas com relação ao mesmo período do ano anterior), à medida que o valor da carne de cordeiro por tonelada declinou com relação ao ano anterior.

O valor das exportações de carne de cordeiro da Austrália em 2011-12 aumentou 3% com relação ao ano anterior, para A$ 1,09 bilhão (US$ 1,13 bilhão) FOB - o maior total fiscal em um ano registrado, de acordo com dados do Global Trade Atlas. Entretanto, embora os valores tenham aumentado 3%, o total dos envios aumentou 11% (173.814 toneladas, de acordo com dados do Departamento de Agricultura, Pesca e Silvicultura), mostrando um declínio no retorno por tonelada aos exportadores australianos em 2011-12.

O valor das exportações de carne de cordeiro da Austrália em agosto caiu 4% com relação ao ano anterior, para A$ 83,2 milhões (US$ 85,82 milhões) FOB, apesar do aumento de 18% nos volumes exportados, para 15.978 toneladas, de acordo com dados do Departamento de Agricultura, Pesca e Silvicultura. Isso sinaliza o declínio no retorno por tonelada para os exportadores australianos de carne bovina, à medida que o alto dólar australiano e a baixa demanda dos consumidores continua nos mercados de exportação.

Os volumes de exportação da carne de cordeiro nesse ano foram impulsionados pelas altas taxas de abate, à medida que os envios totais nos primeiros 11 meses de 2013 foram de 193.509 toneladas, 12% a mais (21.343 toneladas) do que no mesmo período do ano anterior e 29% a mais que a média dos últimos cinco anos, de acordo com dados do Departamento de Agricultura (DA). Pela primeira vez na história, as exportações australianas de carne de cordeiro deverão ultrapassar a marca de 200.000 toneladas, por um valor total de cerca de A$ 1,2 bilhão (US$ 1,07 bilhão).

Os atuais baixos estoques de lã nos principais países exportadores deverão impulsionar um declínio nos preços da lã em curto prazo, segundo previsões da Agência Australiana de Agricultura, Recursos Econômicos e Ciência (Australian Bureau of Agricultural and Resource Economics and Sciences - ABARES). Embora os preços da lã devam declinar durante o restante do ano, o Indicador do Mercado Oriental (EMI) deverá ficar em média em A$ 11,8 (US$ 12,45) por quilo limpo em 2011-12; 4,2% a mais que no ano anterior.

Os excelentes preços para a lã não foram acompanhados por grandes volumes de produção. Foi registrada uma forte baixa no nível de abates, determinando volumes exportados de carne ovina 40% menores que no ano anterior. Da mesma forma, uma nova redução no rebanho ovino gerou um ajuste para baixo nos volumes de lã produzidos, resultando em volumes mínimos históricos para o setor. Dados preliminares da Direção de Controlador de Semoventes (Dicose) confirmam uma queda do rebanho de 9% para junho de 2010, resultando em 7,84 milhões de cabeças, 800 mil lanares a menos que no ano anterior.

Os gaúchos já comercializaram 95% da safra de lã. A tosquia foi feita até o final de janeiro, resultando em cerca de 10 milhões de quilos do produto. O que ainda não foi vendido está retido nas mãos de compradores particulares.

Os números finais do rebanho australiano, segundo divulgado pelo Australian Bureai of Statistics, mostrou menores números de ovinos no ano até 30 de junho de 2010. A seca que afetou o país em 2009 contribuiu para o declínio de 5% no rebanho ovino, para 68,1 milhões de cabeças.

Os preços da lã aumentaram na semana passada, registrando seu maior aumento no mercado desde julho. O Indicador de Mercado Ocidental da Austrália (WMI, sigla em inglês) aumentou 52% por quilo na quarta-feira, terminando a semana em A$ 10,14 (US$ 10,51) por quilo. Essa foi a primeira vez que o WMI alcançou a marca de A$ 10,00 (US$ 10,37) desde o começo da estação de venda.

Os preços da lã continuarão caindo, mas não terão um colapso como ocorreu com o algodão, já que os valores estão sendo apoiados por uma queda nos estoques da Austrália e pela redução no rebanho ovino neozelandês para seu menor número em 65 anos.

Previsões para o mercado de lã

postado em 30/08/2012

Os preços da lã vêm caindo nos últimos meses à medida que as condições de baixa demanda pressionaram o mercado para baixo, apesar da baixa oferta. O começo da nova estação de 2012/13 na Austrália e na Nova Zelândia tem desapontado, com um declínio de 2% no Indicador de Mercado Oriental Australiano na primeira semana de vendas (apesar de esse ter caído 5% em termos de dólares australianos). Comparado com o ano anterior, os preços da lã estão entre 17% e 25% menores, apesar dos preços em julho de 2011 terem alcançado níveis quase recordes.

Os produtores australianos de ovinos obtiveram seus melhores rendimentos reais desde 1988-89, quando os produtores de lã ainda recebiam garantia de preço mínimo para a lã, de acordo com um relatório divulgado recentemente.

Os produtores de lã fina da Austrália estão adotando novas tecnologias genéticas para melhorar a qualidade de seus rebanhos e de sua lã. Em um seminário da Associação de Produtores de Lã Superfina da Austrália (ASWGA) em Canberra, ocorrida no último sábado, os produtores de ovinos e criadores de carneiros ouviram em primeira mão as novas oportunidades apresentadas pelas últimas tecnologias em DNA.

O Comitê Australiano de Previsão de Produção de Lã (AWPFC) manteve sua previsão de produção para 2012/13 em 345 milhões de quilos, que é 0,9% a mais que a produção de 2011/12.

A tosquia dos rebanhos de ovinos na região da fronteira oeste do Rio Grande do Sul deve movimentar R$ 100 milhõe. Do rebanho gaúcho, estimado em 3,2 milhões de ovinos, devem ser produzidos 10 milhões de quilos de lã este ano. O número corresponde a 90% da produção brasileira.

A indústria de tops de lã do Uruguai já não tem que importar boa parte das lãs que precisa porque o país está produzindo lãs Merino finas e superfinas no mesmo nível que a Austrália. Uma das velhas aspirações dos produtores de lã do país é ter acesso aos preços internacionais. Hoje, não somente estão cobrando o mesmo que os australianos, mas também, em alguns casos, têm uma bonificação de 2% acima deste preço médio.

Ao longo dos últimos anos, ovinocultores, que dispõem de 800 vagas, são os que mais têm improvisado para driblar a falta de espaço. Neste ano, com a montagem de uma estrutura para cem ovinos pelo Estado e a retirada de divisórias das estruturas existentes, o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos, Paulo Schwab, espera que não seja necessário corte nos 998 inscritos.

Nas duas jornadas realizadas no mercado de lã na semana passada, o balanço voltou a ser negativo, em parte por uma redução no mercado em si e, em parte, por uma nova desvalorização do dólar australiano.

Termina nesta quinta-feira, dia 10, o prazo de inscrição para uma das maiores mostras da ovinocultura do país, a Expointer. As inscrições devem ser feitas pelo site da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos - ARCO, o www.arcoovinos.com.br, onde também consta a programação completa das raças participantes.

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